Sextorsão, ou extorsão sexual, é uma forma de cibercrime que consiste em ameaçar a divulgação de imagens de conteúdo sexual da vítima, com o objetivo de forçá-la a atender às exigências do agressor, que podem envolver submissão, controle da vítima, práticas sexuais forçadas ou extorsão financeira. A chantagem sexual imposta pelo agressor, exigindo que a vítima exiba ou compartilhe, virtualmente, imagens de cunho sexual, configura o abuso sexual baseado em imagens (ASBI).
O ASBI refere-se à captação, criação ou compartilhamento não consensual de imagens que revelam a intimidade corporal ou sexual de uma pessoa, por meio de fotos ou vídeos. A sextorsão é uma forma de ASBI, assim como a coerção para o sexting, que envolve pressionar, ameaçar ou coagir alguém a compartilhar suas imagens íntimas; o deepfake, uso de inteligência artificial para criar imagens sexualizadas falsas ou digitalmente alteradas; e o cyberflashing, que é o envio não solicitado e indesejado de imagens sexualmente explícitas.
Diante disso, é fundamental tomar medidas de proteção contra a sextorsão, principalmente entre adolescentes, adultos jovens e pessoas emocionalmente vulneráveis:
- Educação sexual com discussão sobre comportamentos sexuais de risco em redes sociais.
- Monitoramento dos conteúdos virtuais acessados por adolescentes.
- Discussão e orientação sobre os riscos do compartilhamento de imagens íntimas e identificação de comportamentos de manipulação online.
- Trabalho sobre consciência a respeito de consentimento, coerção e violência de gênero, adaptando a linguagem para adolescentes e adultos jovens.
- Recomendação do uso de plataformas seguras para comunicação e relacionamentos.
- Ensino para identificar sinais de alerta, como declarações de amor prematuras, pedidos para entrar em canais privados, pedidos de dinheiro ou envio de imagens íntimas precocemente.
- Alerta de que golpistas podem criar conexões emocionais intensas para manipular e isolar a vítima.

