O julgamento dos ex-policiais Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, acusados de assassinar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, teve início com a apresentação das alegações do Ministério Público. O promotor Fábio Vieira não hesitou em afirmar que o arrependimento demonstrado pelos réus é uma “farsa”, descrevendo-os como “sociopatas” que carecem de empatia. Ele ressaltou que a manifestação de remorso ocorreu apenas após a revelação de provas contundentes. Outro promotor, Eduardo Moraes, também levantou dúvidas sobre a sinceridade do arrependimento dos réus. Ele destacou que Lessa e Queiroz tentaram negociar um acordo com o Ministério Público visando a redução de suas penas, o que, segundo Moraes, compromete a genuinidade de suas declarações.
A promotora Audrey Majorie Leocadio, que deu início aos debates, expressou a preocupação de seus colegas em lidar com um caso de tamanha complexidade e repercussão. Ela sublinhou a relevância do processo judicial e a necessidade de garantir que a justiça seja feita, enfatizando a importância de se enfrentar a gravidade das acusações. Durante o julgamento, foram apresentadas provas que evidenciam o modus operandi de Ronnie Lessa, incluindo pesquisas que ele realizou sobre Marielle Franco. A filha da vereadora, Luyara Santos, não conseguiu conter a emoção ao ver a imagem de sua mãe durante a exibição das evidências.