FACÇÕES APROVEITAM

Deputado repudia mercadinhos em presídios

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Max Russi (PSB), afirmou ser “inadmissível” que facções criminosas usem os mercadinhos dentro dos presídios para ganhar dinheiro.

Recentemente o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) citou que uma facção usava o mercadinho da Penitenciária Central de Cuiabá (PCE) para lavar dinheiro.

Em quatro anos, uma associação de servidores da penitenciária movimentou nada menos que R$ 13 milhões – dinheiro que teria origem em transações criminosas entre a associação e a facção. “Nós não podemos aceitar que facção nenhuma comande um órgão público. Isso é inadmissível. Ainda mais um mercadinho que dá lucro. Não podemos aceitar isso, o Estado não pode aceitar e a Assembleia não vai aceitar”, afirmou o deputado em entrevista ao Conexão Poder.

Max não quis dizer ser contra ou a favor do funcionamento dos mercadinhos. Porém, criticou “privilégios” para os detentos. “Não defendo privilégios, o que tiver de privilégios dentro de um sistema de quem estava na sociedade e cometeu um delito, muitas vezes destruiu família, jamais vou concordar. Sou totalmente contra isso”, disse. “Agora, a gente também não pode não dar o mínimo para um ser humano”, completou.

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