Exame de necropsia realizado pela Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) no corpo da adolescente Emelly Azevedo Sena, de 16 anos, apontou que a jovem tinha lesões no rosto indicando que foi atingida com socos. Natally Hellen Martins Pereira, de 25 anos, usou uma sacola plástica para abafar o som da voz da vítima.
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Durante a entrevista, o Diretor Geral da Politec, Jaime Trevizan Teixeira, afirmou que exame de DNA foi realizado com a coleta de material genético do bebê para a confirmação do vínculo genético com a adolescente. Outros exames complementares estão sendo realizados pela Politec, entre eles, o exame de DNA em vestígios encontrados no local de crime, e exame toxicológico para a verificação se houve o emprego de alguma substância química, que possa ter comprometido o estado de consciência da vítima durante o crime. Além disso, foram coletados vestígios nas unhas para exame de DNA para constatação de lesões de defesa.
“A perícia aplicou o reagente químico ‘luminol’ em busca de sangue oculto na residência onde a menor foi morta. Fizemos a coleta do material para verificar de quem era o sangue. Ao recolher o corpo, foram encontrados sulcos nas mãos e no pescoço, indicando o emprego de instrumento constritor. Foi verificado no local o emprego de sacolas plásticas, muito provavelmente para abafar o som”, disse Trevizan.
A diretora da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), Alessandra Carvalho Mariano, explicou que Emelly morreu devido a um excesso de sangramento. O bebê foi retirado do ventre da jovem enquanto ela estava viva. Além disso, foram evidenciadas diversas lesões contundentes, dentre elas, lesões na face e no olho direito que podem ser resultantes de socos. A vítima estava contida com cabos de internet em seus punhos e pés.
Duas grandes incisões em “T” no abdômen chamaram a atenção dos peritos, demonstrando destreza no suspeito em sua realização.
“O que se tem de vestígio que pode-se afirmar é que ela morreu após perder todo o sangue do seu corpo. Foram realizadas aberturas precisas, preservando as camadas da pele, inclusive de outras vísceras, outros órgãos, e uma abertura uterina, preservando inclusive o bebê. Encontramos vestígios placentários em seu útero, e não há nenhuma dúvida de que era puérpera”, afirmou Alessandra.
Os laudos periciais serão concluídos e entregues à Polícia Civil no prazo de 30 dias, onde constarão o detalhamento de todos os vestígios encontrados que poderão elucidar a dinâmica do crime. “É um “quebra-cabeça” que se fecha. A gente está começando a discutir e encontrar as peças. Agora, tem vários exames que precisam ser feitos, investigações precisam avançar para trazer questionamentos técnicos para que nós possamos ter trocas de informações para se chegar ao resultado”, concluiu Jaime Trevizan.