“Desbolsonarização”

O “se” de muitos caminhos

 

A direita mato-grossense é bolsonarista na grande maioria e isso pode ser problema para alguns e solução para outros.

O pré-candidato ao governo do Partido Liberal (PL) em Mato Grosso, Wellington Fagundes, já bebeu de várias fontes em seus muitos anos como parlamentar, tanto que foi taxado de melancia pela parte direita da direta por aqui, por ser verde por fora e vermelho por dentro em referência as vezes que esteve de braços dados com a esquerda brasileira.

O efeito “Balbinotti”, já afastado, trouxe a necessidade de Welington “bolsonarizar” seu discurso. Até então sua cartilha era a do presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, que dado ao capital popular do capitão Bolsonaro, evita embates externos e em pousar de “boss”, mas em algumas situações “patrola” escolhas divergentes, vide Mirtes Grotta apoiada por Bolsonaro e Roberto Dorner bancado por Valdemar, que sem externar a briga, baixou ordem interna e o recém chegado do Republicanos se tronou o prefeito do PL em Sinop.

O problema está no futuro do ex-presidente. Se a estratégia usada é a mesma que Lula usou quando preso na polícia federal em Curitiba, quando inelegível igual Bolsonaro, levando a decisão por um outro nome do partido até o ultimo instante, é necessário avaliar duas coisas; uma que Fernando Haddad perdeu aquela eleição e outra que Bolsonaro não manda no PL como Lula manda no PT. Isso só beneficia a família Bolsonaro e Valdemar tem outro sobrenome.

O espólio político do capitão já está em disputa. Em público reverência, nos bastidores dedo no olho. Na direita sem Bolsonaro, todos os gatos são pardos e famintos de um lugar mais ensolarado.

Por aqui, quem tiver sua eleição ou reeleição, sem serviço prestado e escorada somente em Bolsonaro, pode ter surpresa desagradável. O poder comemora bem mais o novo líder que lamenta o “escanteado”. Não é hora de pular da canoa, mas é bom manter o pirangueiro ao lado ao alcance de duas remandas.

O Agro é pop, o agro é tech, o agro é tudo, menos bobo. Isso vale para agricultores, pecuaristas, citricultores, cafeicultores e todos que não colocam suas convicções políticas acima de seu negócio. Ganhar dinheiro com banana é uma coisa, perder é outra.

Ainda é incerto o resultado do efeito político do “tarifaço”, até porque não se concretizou e já se fala em adiamento da data inicial, coisa normal nas negociações de Trump.

Quase certo, é uma reprise próxima de se concretizar.

Se alguém lembra de um bando de apaixonados desocupados que passava os dias acampado em frente a uma cela, gritando “bom dia, presidente”, “boa tarde, presidente” e “boa noite, presidente”, eles foram ali, trocar a cor da camiseta e logo estarão a postos novamente.

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