Sem surpresa o estado de Mato Grosso ficou novamente com o triste troféu de campeão nacional em feminicídio no Anuário Brasileiro de Segurança Pública divulgado ontem (24-07)
Com o recesso parlamentar, a briga interna na direita, onde o partido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) começou a atacar os parlamentares que não defendem o entreguismo do país em troca da anistia de Bolsonaro e a “tchuxação” de Abilio Brunini no governador Mauro Mendes, via imprensa, por conta da saúde cuiabana que ele não consegue melhorar e nem culpar o Nenéu, o tema ficou em segundo plano nas pautas da mídia cuiabana, mas aos poucos começa a ter publicações editadas.
Questionado sobre os dados o secretário estadual de Segurança Pública Cel. Cesar Roveri, se calçou na apuração dos crimes e prisão dos criminosos, que sim, beira 100% de resolução.
E é justamente o “mata burro” que os discursos não ultrapassam por não considerarem o feminicídio um crime diferenciado dos demais, principalmente na motivação que raramente é por dinheiro e os criminosos quando não se suicidam juntamente com o assassinato da vítima, não negam autoria, fazendo a parte policial ter êxito nas ocorrências no tocante ao pós crime.
Já o governador, defensor do aumento de penas, seguiu na mesma linha de sempre, se dizendo preocupado com os índices, chamando de covardes os homens que praticam o crime, ressaltando o atendimento dado pelo estado depois de o fato ocorrido e lamentou o título.
Mas, em sua resposta uma frase, mesmo que dita quando misturava o feminicídio com outros assassinatos, como se os motivos fossem os mesmos, pode ser um raio de entendimento.
“As pessoas, não tem medo justiça, não tem medo das penas, não tem medo da polícia”, disse.
Em vigor a lei do ano passado que elevou para 20 a 40 anos a pena por femincídio.
A grande culpada pelos ouvidos moucos das autoridades pode ser a matemática. Enquanto falamos em torno de 40 feminicídios anuais, os outros tipos de assassinatos chegam a 300 em um ano em Mato Grosso.
Abertura de delegacias especializadas, funcionamento 24 horas, pontos de acolhimento, patrulhas específicas espalhadas no interior e muitas outras ações para salvar 10 vidas, que representaria 25% a menos nos índices, realmente não é atrativo em se tratando de gasto público e resultado positivo.
“Vai pescar”? “Não, eu vou pescar”, “Ah bom, pensei que você ia pescar”? disse um deficiente auditivo a outro que levava uma vara de pesca.
Esse é o diálogo sobre feminicído por aqui,