O cargo ambíguo da primeira dama de Cuiabá (fiscalizadora, apoiadora), Samantha Iris, e a escola doméstica da carreira vitoriosa de seu esposo, prefeito Abilio Brunini, impedem que a política do confronto seja deixada de lado, até quando seria mais vantajoso para o casal.
O caso de alimentação para professores e funcionários dos estabelecimentos de ensino de Cuiabá é um exemplo.
Como presidente da CCJR, Comissão de Constituição, Justiça e Redação da Câmara de Cuiabá, coube a ela, Samantha, anunciar a reprovação do projeto que prevê que seja fornecida alimentação aos profissionais da educação assim como para os alunos.
Segundo Samantha, a constitucionalidade é ferida quando o poder legislativo determinar despesas ao executivo, o que é vedado, já que há determinação de complemento financeiro da municipalidade para cobrir o valor extra a ser gasto. Ela tem razão.
Se a justificativa fosse somente técnica e tivesse colocado um ponto final na motivação da reprovação, ok, tudo certo.
Mas, colocou uma vírgula para acrescentar uma pergunta aos nobres pares. Onde estavam os vereadores que defendem a merenda escolar, quando a gestão passada (sempre isso) cortou o café da manhã de milhares de crianças? Misturando o objetivo do projeto que visa fornecer alimentação aos professores e outros servidores da educação e não para alunos, o que já é garantido.
Os serviços prestados pelas empresas que fornecem a merenda escolar, nunca tiveram uma sequência sem abalos em nenhum município. Renegociações, aditivos de preços, falta ou aumento de preços de determinados produtos ao longo de quatro anos, sempre geram uma ou outra situação, pontual ou ampliada, a depender do problema enfrentado e da solução adotada pelo prefeito. Esta gestão também irá passar, certamente, por isso.
São aproximadamente 7,5 mil trabalhadores na educação municipal que ficaram com a impressão que o problema é com eles. Que realmente Abilio e esposa, não gostam dos funcionários públicos, o que não reflete a realidade. Não que seja prova de que gostam, mas, neste caso, não comprova nada em contrário.
O silêncio da categoria tem uma razão; essa proibição não é respeitada na prática.
A não ser que Abilio determine fiscalização.
Se isso for necessário, nem que seja para dizer que essa administração faz diferente de Nenéu (sempre ele), que seja uma fiscalização como a prometida na Boate Crystal, nunca realizada. Pois isso faz muita diferença para os servidores.