A Unimed se encontra em maus lençóis, e o maior sistema de saúde privado do Brasil tenta resistir à pior crise de sua história.
Fundada em 1975 por médicos para médicos, tornou-se o maior sistema de cooperativa de saúde do mundo. Reunindo mais de 118 mil cooperados, com cerca de 20% dos profissionais em atividade e atua em 92% dos munícipios. Porém, atualmente, enfrenta um cenário de estagnação e prejuízos que exigiram um aporte das outras cooperativas, de R$ 1 bilhão na Unimed Nacional.
O modelo foi feito para que os próprios médicos fossem gestores do plano de saúde, para enfrentarem a exploração dos hospitais privados e alcançarem sua autonomia.
O sistema da Unimed atende atualmente 20 milhões de clientes, o que seria equivalente a 10% da população, abrangendo 339 cooperativas, 166 hospitais próprios e 29 mil hospitais e clínicas credenciados. As operadoras do grupo movimentaram R$115 bilhões apenas em 2024.
Com a ausência de um modelo de gestão integrada, se encontra com R$115 bilhões em receitas, juntando com as variações regionais, conflitos internos e pulverização de controle, gera uma dificuldade para tomada de decisões e limitam respostas rápidas aos desafios econômicos em um setor que está em constante transformação.
Os planos de saúde se tornaram insustentáveis para as famílias, com isso a procura por clínicas populares e atendimentos particulares cresceu.
Em 2024, a Unimed Nacional registrou o maior prejuízo do setor, de R$ 503 milhões, com 109 cooperativas no vermelho. E, para evitar a Agência Nacional de Saúde (ANS), foi necessário o aporte de R$ 1 bilhão das regionais, em troca de substituição da diretoria e a adoção de um plano emergencial.
Em busca de medidas para reconquistar o público, está a criação de um plano de menor valor, sem cobertura para internações ou emergências, e a proposta passa por análise.
A produção tentou contato com a assessoria da Unimed Nacional, mas até o momento não obteve resposta.
*com informações de bastidores do poder