Condições básicas para que o produtor rural possa seguir na produção de alimentos foram listadas na Carta de Parecis, apresentada na solenidade de abertura da Parecis SuperAgro, nesta quarta (30.03).
O presidente do Sindicato Rural de Campo Novo do Parecis, Bruno Giacomet, apresentou o documento como uma contribuição a um futuro próspero para a região. “Campo Novo é exemplo de diversificação do agronegócio em Mato Grosso, produzimos soja, milho, algodão, milho pipoca, girassol, cana-de-açúcar, entre outros. Ainda vemos a parceria entre produtores rurais indígenas e não-indígenas e a preservação das nossas belezas naturais”, citou.
Porém, lembrou que há dificuldades em diversos setores que precisam de atenção dos poderes públicos em todas as esferas. Entre os pontos, a regularização fundiária e a segurança jurídica. “Precisamos formalizar e regularizar a posse a quem de direito. É inadmissível que produtores agrícolas que tanto investem na região convivam até hoje com tamanha insegurança jurídica”, disse Giacomet.
A logística é um gargalo conhecido e nunca resolvido em Mato Grosso. Na Carta de Parecis, a reivindicação é pela ampliação da interligação logística, pois o município está posicionado estrategicamente, como um entroncamento no estado, sendo rota para vários tipos de carga. Apesar disso, ainda não há uma travessia urbana segura e moderna ou mesmo um plano permanente de manutenção e conservação de rodovias.
“É incômodo até para nós ter que pedir, ano a ano, por melhores condições de infraestrutura. E fazemos isso porque os produtores rurais contribuem diretamente, via Fethab, para isso. Somente em 2020, Campo Novo do Parecis arrecadou para os cofres públicos mais de R$ 92 milhões vindos do agro, mas o retorno foi insignificante”, pontou.
Uma logística eficiente e a inserção de estruturas de segurança especializadas, como o Gefron, significam, também, mais condições para aproveitamento de todo o potencial turístico do município.