A estiagem na Amazônia, que já dura 12 meses, tem causado sérios problemas na região. A precipitação foi 30% menor do que a média, afetando diretamente a população ribeirinha. A navegação noturna está suspensa e, se o nível dos rios continuar a baixar, a locomoção, o comércio e serviços essenciais como saúde e educação podem ser comprometidos. As hidrovias, que são vitais para o transporte de produtos para outras regiões, também estão em risco, o que pode impactar o comércio em geral. A falta de chuvas na Amazônia, que se estende até setembro, pode comprometer o abastecimento de água potável e a geração de energia no país, já que a região abriga 17 hidrelétricas. A conta de luz já está mais cara devido à bandeira amarela, e as temperaturas podem subir em todo o Brasil. Embora a Amazônia seja chamada de “pulmão do mundo”, ela consome quase todo o oxigênio que produz. No entanto, a floresta desempenha um papel crucial no resfriamento do ar e na regulação do clima, absorvendo 140 milhões de toneladas de gás carbônico por ano.
A Amazônia é um dos biomas mais importantes do planeta, cobrindo apenas 7% da superfície da Terra, mas abrigando mais da metade da biodiversidade mundial. O desmatamento, leis frágeis de conservação e a falta de políticas de proteção e fiscalização são fatores que contribuem para a estiagem severa. A seca deste ano pode ser ainda pior do que a de 2023, quando vários recordes foram registrados. O desequilíbrio ambiental na Amazônia afeta outras regiões do Brasil, tornando a geração de energia mais cara e dificultando o acesso à água potável.
FONTE: Jovem Pan.