JOVEM RELATA

Saiba como funciona a cabeça de um suicida

Setembro Amarelo é uma campanha importante de valorização da vida e prevenção ao risco de suicídio. Por mais que muito já tenha sido dito, é preciso falar, escutar e sentir muito mais. Ninguém pensa em suicídio do nada. Trata-se de um efeito de múltiplas causas, que geralmente começa de forma sutil.
Normalmente, há uma crescente em relação aos pensamentos de ideação suicida que podem surgir a partir de um evento traumático e/ou muito desafiador para a pessoa lidar. Mas, em todas as situações, a falta de perspectiva para seguir adiante é o que faz com que o suicídio seja o caminho escolhido.

Em entrevista diretamente para o Phd News, uma jovem de 16 anos relata o que passa na cabeça de um suicida.

“Muitas pessoas que tem depressão preferem não falar o que estão sentindo, por medo de não serem compreendidos, um sentimento muito comum também é a insuficiência que sentem consigo mesmo, a auto cobrança de não se sentir encaixado, como se não pertencesse a lugar nenhum.

As pessoas que não entendem, tratam isso como frescura, isso de fato é um motivo importante, entenderem que não é frescura e sim um transtorno que exige muito de compreensão e apoio, alguns sinais muito comuns são: o isolamento, perda/aumento de apetite, falta de atenção, confusão mental, ansiedade extrema e muitas das vezes pode-se criar um vício”, de acordo com a entrevistada

“Em meio disso, é muito comum as pessoas entrarem em surtos psicóticos, e muitas vezes acabam apelando para automutilação, nicotina, se dopando com remédios e as vezes indo para o álcool e drogas. Isso é diferente de pessoa para pessoa, cada uma tem um forma de lidar”

“Para mim era a mutilação, acabava vendo isso como mecanismo de escape, a sensação era de alívio, mas vinha o sentimento de culpa logo depois.” que finalizou alertando que nem todos conseguem pedir ajuda.

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