QUARTA-FEIRA

Quem será o próximo papa? Conclave decide futuro da Igreja Católica

Riccardo Antimiani/EFE/EPA

O futuro da Igreja Católica está nas mãos dos 133 cardeais que escolherão, a partir da quarta-feira (7), o sucessor do papa Francisco em um conclave aberto, incerto e sem favoritos claros. Progressista, conservador, dogmático… O perfil do próximo pontífice está sendo definido, embora analistas e cardeais concordem que não será um revolucionário como o argentino Jorge Bergoglio, que propôs um pontificado de reformas, concentrado nos pobres e nas periferias do mundo.

O primeiro papa latino-americano foi muito popular, mas enfrentou, ao mesmo tempo, resistências dentro da Igreja. Os 133 cardeais com menos de 80 anos que podem votar para definir seu sucessor permanecerão isolados a partir do dia 7 de maio na Capela Sistina, sem contato com o mundo exterior até a escolha do novo papa: sem telefones, internet, televisão ou a presença de jornalistas.

Dezenas de milhares de pessoas na praça de São Pedro e milhões pela televisão permanecerão atentas à pequena chaminé instalada no teto do majestoso templo, à espera de notícias. Fumaça preta significa um conclave sem consenso e que outra votação acontecerá; fumaça branca, “Habemus papam”.

“Espero que seja alguém com o espírito de Francisco para os direitos humanos, minorias, LGBT, meio ambiente”, disse Valeria Sereni, uma italiana de 30 anos na praça São Pedro, à AFP. “Rezo para que o novo papa seja uma fonte de unidade na Igreja e acalme as águas após vários anos de desestabilização e ambiguidade”, afirmou o padre canadense Justin Pulikunnel.

O Vaticano está finalizando os detalhes da eleição, que remonta à Idade Média, na qual os chamados “príncipes da Igreja” organizarão quatro votações diárias: duas pela manhã e duas pela tarde, exceto no primeiro dia, em que apenas uma votação acontece. As cédulas, atas e notas são queimadas em um fogão para anunciar ao mundo o resultado.

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