Para combater as mudanças climáticas, Berlim, a capital da Alemanha, está se transformando em uma cidade esponja, construindo um reservatório que ajuda a evitar inundações e combater as secas. Um enorme buraco de 20 metros de profundidade, que atravessa o coração de Berlim, vai dar lugar, em dois anos, ao maior reservatório da capital alemã. O objetivo inicial era evitar as inundações de ruas, mas agora ganhou uma nova função: armazenar a água da chuva para combater a seca. Esse é o conceito de cidade esponja, teorizado nos anos 70 e adotado em 2018 por Berlim. As autoridades explicam como o reservatório funciona. Quando chove muito, este barril inunda através da captação na estação de bombeamento. A água sai por uma porta e logo chega à superfície. Quando a chuva termina, volta a ter espaço no sistema de esgoto e em estações de tratamento de águas residuais. A água se desloca através de uma abertura, mediante bombas no segundo círculo, e é devolvida à estação de bombeamento e depois para as estações de tratamento de águas residuais, onde é limpa e filtrada. A construção, a menos de 2 km do Portão de Brandemburgo, tem 40 metros de diâmetro e pode coletar cerca de 17 milhões de litros de água, cinco vezes a capacidade de uma piscina olímpica.
Embora seja mais fácil instalar coletores de água e telhados verdes em novas construções, uma praça em um bairro histórico da capital está sendo reformada para se adequar e levar água até o lençol freático. As autoridades locais são conscientes de que várias gerações vão passar antes de Berlim se converter em uma cidade esponja e esperam que as mudanças climáticas não acabem com o projeto.
Fonte: Jovem Pan