Em 2023, a diferença salarial entre homens e mulheres no Brasil se acentuou, com as mulheres recebendo, em média, 20,7% a menos que seus colegas masculinos. Um estudo do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que analisou dados de 50.692 empresas, revelou que a remuneração média das mulheres foi de R$ 3.565,48, enquanto a dos homens alcançou R$ 4.495,39. A disparidade é ainda mais alarmante em cargos de liderança, onde a diferença chega a 27%. A situação é ainda mais crítica para as mulheres negras, que recebem apenas 50,2% do que os homens brancos. O ganho médio das mulheres negras foi de R$ 2.745,76, em contraste com os R$ 5.464,29 recebidos por homens não negros.
Para combater essa desigualdade, o governo estabeleceu que empresas com cem ou mais funcionários que não apresentarem relatórios de transparência salarial poderão enfrentar multas de até 3% de sua folha de pagamento. O Ministério das Mulheres está prestes a lançar o Plano Nacional de Igualdade Salarial e Laboral, que incluirá 79 ações divididas em três eixos, voltadas para aumentar a presença e a valorização das mulheres no mercado de trabalho.