POLÊMICA

Morte de Cid Moreira traz à tona disputas familiares e exclusão de herdeiros

Fatos anteriores traz questionamentos sobre a deserdação de filhos

O falecimento de Cid Moreira, aos 94 anos, marca o fim de uma era na comunicação brasileira, mas também traz à tona disputas familiares que o cercaram nos últimos anos. Seus filhos, Roger e Rodrigo Moreira, moveram processos judiciais contra ele e sua esposa, Fátima Sampaio Moreira, acusando-a de má gestão do patrimônio e alegando abandono afetivo por parte do pai. Com a morte do jornalista, surgem dúvidas sobre a divisão de sua herança e se ele teria deixado um testamento excluindo os filhos.

A advogada Aline Avelar, especialista em Direito das Famílias e Sucessões, explica que a deserdação, uma medida legal extrema, deve cumprir critérios rígidos previstos no Código Civil. A exclusão de herdeiros legítimos só é válida em casos de ofensas graves ou crimes contra o ascendente, não sendo suficiente alegações de abandono afetivo ou desavenças patrimoniais.

Apesar das disputas judiciais anteriores entre os filhos e Fátima, os processos foram arquivados por falta de provas, e a Justiça não acatou as alegações de danos morais. Se Cid Moreira tivesse registrado um testamento com a deserdação dos filhos, a decisão ainda poderia ser contestada judicialmente. A advogada ressalta que questões como estas são frequentemente alvo de disputas jurídicas, sendo necessário um embasamento legal claro para a exclusão de herdeiros.

Assim, o desfecho da divisão da herança de Cid Moreira permanece incerto, com possíveis batalhas judiciais a caminho, dependendo da existência e dos termos de um eventual testamento.

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