O escritor e cronista Luis Fernando Verissimo morreu neste sábado (30) em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Ele estava internado na UTI do Hospital Moinhos de Vento. A causa da morte foi complicações decorrentes de uma pneumonia, de acordo com a instituição. O autor, que residia na capital gaúcha, convivia com a doença de Parkinson, problemas cardíacos – em 2016, colocou um marcapasso – e teve um AVC em 2021. Ele deixa a mulher, Lúcia Helena Massa, três filhos e dois netos. A despedida será no Salão Nobre Julio de Castilhos, na Assembleia Legislativa do RS, a partir das 12h.
Nascido em 1936, o filho do escritor Erico Verissimo foi um fenômeno editorial, com mais de 70 obras publicadas e milhões de exemplares vendidos. Sua carreira começou no jornalismo em 1966, e ele se consagrou também como cronista de grandes jornais brasileiros, paralelamente à sua paixão pela literatura e pelo saxofone.
O escritor apresentou outros problemas de saúde nos últimos anos. Em janeiro de 2021, Verissimo sofreu um AVC (Acidente Vascular Cerebral). Na ocasião, estava em sua casa, em Porto Alegre, e escrevia uma crônica a respeito dos Estados Unidos para o jornal O Globo. Optou por terminá-la no dia seguinte, mas passou mal durante a madrugada e foi levado a um hospital, onde se constatou o problema de saúde. Àquela época, o autor vinha em recuperação de uma cirurgia na mandíbula em novembro de 2020, poucos meses antes.
Vida e obra de Luis Fernando Verissimo
Cronista, cartunista, ficcionista, saxofonista, gourmet e torcedor fanático do Internacional, Luis Fernando Verissimo sempre foi uma das raras unanimidades positivas do país.
Autor de mais de 70 livros que já venderam milhões de exemplares (entre eles, os best sellers O Analista de Bagé e A Comédia da Vida Privada) e de personagens emblemáticos (a Velhinha de Taubaté, que criticava a ditadura, o detetive Ed Mort, as Cobras), o filho do escritor Erico Verissimo só começou a escrever aos 30 anos (nasceu em 1936), depois de ter passado por várias escolas de arte e desenho, inacabadas; de ter tentado o comércio “só para reforçar o mau jeito da família”; e de ter passado por uma rápida carreira jornalística, de revisor e colunista de jazz a cronista principal do jornal gaúcho Zero Hora.