Influenciadoras se pronunciaram após divulgar um anúncio de um suposto intercâmbio de trabalho para a Rússia, de uma empresa que estaria sendo investigada por tráfico humano.
A denúncia inicial foi feita pelo criador de conteúdo Guga Figueiredo, conhecido como o Xerife da Internet por usar seus perfis para denunciar golpes digitais, propagandas enganosas e influenciadores envolvidos em esquemas suspeitos.
Ele mostrou em seus vídeos que fez pesquisas sobre a companhia e identificou que as informações do site oficial eram falsas ou copiadas de outras páginas na internet. De acordo com ele, após suas denúncias, todos os vídeos de publicidade do programa foram excluídos e banidos das redes sociais.
Chamado Start Program, o recrutamento para a Rússia oferecia um salário inicial de US$ 540 a US$ 680 (entre R$ 2.873 e R$ 3.618), com possibilidade de promoções e contava com cursos, passagem de avião, plano de saúde e moradia pagos pela empresa.
MC Thammy
A influenciadora comentou em seu esclarecimento que está buscando seus direitos, pois está sendo alvo de falsas acusações e que não é conivente com o suposto esquema de tráfico humano.
Thammy falou que nunca soube de nenhum tipo de esquema antes de anunciar o suposto intercâmbio de trabalho.
“A partir do momento em que fui apurar os fatos e percebi toda a repercussão que estava acontecendo, eu devolvi o dinheiro e não quis mais fazer publicidade com a empresa, mesmo eles tendo me enviado toda a documentação de funcionamento e legalização para existir e realizar o programa”, comentou.
Zabetta Macarini
Conhecida por seu conteúdo sobre a vida fitness, ela escreveu um texto nos Stories e disse que apenas fez seu trabalho de divulgar um serviço nas redes sociais.
“Antes de aceitar essa proposta de divulgação, questionei o contratante brasileiro, com perfil idôneo e de boa visibilidade no Instagram, sobre a legalidade da oferta. Foram apresentados documentos oficiais da empresa, registros formais e também o perfil da influenciadora @mi.xellee, que afirma publicamente estar participando do mesmo projeto, compartilhando sua rotina e benefícios recebidos”, escreveu.
Macarini disse que, assim que as suspeitas de fraude se espalharam pela internet, ela suspendeu as publicidades que havia publicado e acionou sua equipe jurídica.
Aila Loures
Em vídeos, ela comentou que apoiar um suposto esquema de tráfico humano vai contra seus princípios e sua personalidade, alegando que, em cinco anos trabalhando na internet, nunca foi envolvida em polêmicas.
“Tenho uma agência brasileira, que é o meu escritório e que cuida das minhas publicidades. A divulgação que está sendo falada na polêmica chegou primeiro ao meu escritório, passou pelo jurídico, que faz uma curadoria para averiguar a parte jurídica, contratual e toda a documentação. Foi completamente averiguado. Todas as informações tiveram comprovação da existência da empresa na Rússia, e todos os documentos estavam corretos”, relatou.
A influenciadora falou que não aceitaria fazer uma divulgação desse tipo por nenhuma quantia por ir contra o que ela acredita.
Catherine Bascoy
Em um texto, a influenciadora esclareceu aos seguidores que não está envolvida na organização do suposto intercâmbio e apenas fez a divulgação por ser uma publicidade contratada.
De acordo com ela, antes de fazer os vídeos, buscou por informações e até assistiu uma live de outra mulher que estava participando do programa.
“Ao longo dos últimos 10 anos de trabalho na internet, construí minha trajetória escolhendo, com responsabilidade, as marcas e empresas com as quais me associo, priorizando aquelas que representam meus valores e áreas com as quais me identifico, como o segmento de viagens, que é uma das minhas paixões. No entanto, reconheço que nem sempre é possível acertar em todas as escolhas”, escreveu no pronunciamento.