A Polícia Civil investiga crime ambiental cometido por fazendeiro de Poconé (104 km de Cuiabá). Em um vídeo que viralizou nas redes sociais, o homem aparece abraçado com uma onça pintada morta e se vangloria de ter executado o felino que estaria comendo seu gado.
O Batalhão Ambiental da Polícia Militar faz diligências a fim de localizar o suspeito. O vídeo começou a circular na quinta-feira (31) e logo a delegacia da cidade iniciou a investigação.
De acordo com apurado, o Instituto SOS Pantanal, também publicou a gravação nas redes sociais como forma de denúncia. “Até o momento, sabemos que o crime aconteceu no Pantanal norte, na região de Poconé – MT. O criminoso já foi identificado e as informações já estão nas mãos de órgãos competentes como a Polícia Militar Ambiental, Ibama e Polícia Federal”, disse a Instituição num post na rede social do órgão.
No entanto, segundo o jornalista, André Trigueiro, da Globo, foi um reporter de Poconé que teria capturado o vídeo compartilhado pelo próprio assassino em stories do Instagram. Na legenda, o suspeito escreveu: “Essa aí matei domingo passado, lá pertinho de casa. A filadap*ta já tinha comido 15 bezerros”, mostrando a onça na carroceria de uma camionete.
“Aqui não tem papai, não tem mamãe, você tem umas partes… você não vale b*sta nenhuma, sua filha da p*ta”. Se fosse fêmea, ia dar uma encoxada em você, sua sem vergonha, não vale nada. Aí, viu? Assim que homem faz. Obrigado, obrigado!”, declarou o suspeito.
A espécie está ameaçada de extinção e revoltou o fato da onça ter sido assassinada por ela supostamente ter se alimentado de 15 bezerros. Quanto à situação, o SOS Pantanal faz o alerta: “JAMAIS podemos aceitar que crimes como esse passem impunes. Em pleno 2022 é inadmissível que essa brutalidade não seja punida com todo o rigor da lei. Compartilhe esse vídeo. Precisamos dar notoriedade para que cada vez mais, assassinos como este entendam que o mundo de hoje NÃO tem espaço para esse tipo de barbárie”, disse a instituição.
A pena para quem comete esse tipo de crime varia de seis meses a um ano de prisão, além de multa. Ela pode ainda ser dobrada, caso a vítima seja um animal ameaçado de extinção; e triplicada, se ficar comprovado que a caça era feita de forma profissional.
Veja video: