As partículas provenientes dos incêndios na Amazônia e no Pantanal está se espalhando rapidamente pelo Brasil e podem causar problemas para a saúde pública. Com a previsão de ventos fortes, especialistas alertam que essa fumaça pode alcançar até mesmo grandes centros urbanos, como São Paulo e Rio de Janeiro, nos próximos dias. A concentração de materiais queimados, como folhas e madeira, e de gases tóxicos, como o monóxido de carbono, não só agrava o efeito estufa, aumentando a temperatura nas regiões afetadas, mas também dificulta a respiração, provoca irritação nos olhos e causa tosse. Pessoas com doenças respiratórias, como asma e bronquite, além de idosos e crianças, são particularmente vulneráveis e devem tomar precauções, como aumentar a hidratação e evitar sair de casa durante os momentos de maior concentração de fumaça. Os focos de incêndio na Amazônia e no Pantanal tem aumentado significativamente. Na floresta amazônica, os dados mostram que os números são os piores em duas décadas. Já no Pantanal, a temporada de fogo começou mais cedo este ano, com um aumento de quase 1600% nos focos de incêndio em comparação ao mesmo período de 2023.
Esse avanço das queimadas destaca a necessidade urgente de ações mais efetivas para a preservação dessas áreas críticas, fundamentais para o equilíbrio ambiental e a saúde do planeta. O mês de agosto é caracterizado por uma redução significativa nas chuvas nas regiões Sul e Centro-Oeste, o que resulta em uma vegetação mais seca e vulnerável a incêndios. Desde o início do mês, a Amazônia já registrou 16.710 focos, enquanto o Pantanal teve 2.862. Na região oeste de Santa Catarina, onde também foram observados nevoeiros, a fumaça levou ao cancelamento de voos no Aeroporto de Florianópolis. Para monitorar a situação, a Secretaria da Proteção e Defesa Civil do estado utiliza imagens de satélite, que ajudam a distinguir entre nevoeiros e a fumaça das queimadas.