Os alertas de desmatamento na Amazônia e no cerrado atingiram níveis preocupantes nos últimos anos, mas recentemente houve uma queda significativa nos índices. No primeiro semestre deste ano, a destruição na Amazônia atingiu a menor área desde 2017, com uma redução de 38% em relação a 2023, segundo dados do sistema Deter, do Inpe. Já no cerrado, onde a destruição vinha crescendo nos últimos anos, houve uma queda pela primeira vez desde 2020. A área desmatada caiu para 3.724 km², uma redução de 15% em relação ao ano anterior. Esses números foram divulgados em evento na sede do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, em Brasília.
No acumulado dos últimos 11 meses, a medição dos alertas aponta uma redução de 51,1% na Amazônia. Enquanto isso, no cerrado, houve um aumento de 14,6% no mesmo período, mas com indícios de que a curva de desmatamento está se invertendo, com uma redução nos últimos três meses. O sistema Deter emite alertas de desmate para orientar ações de fiscalização, mas os números oficiais são do sistema Prodes, mais preciso e divulgado anualmente.
A redução consistente na destruição da amazônia é considerada uma vitória na área ambiental do governo, enquanto no cerrado, a queda nos índices é vista como uma boa notícia. A proteção das áreas de conservação e terras indígenas na amazônia é maior do que no cerrado, onde apenas cerca de 12% está em alguma área protegida. Além disso, as propriedades privadas ocupam a maior parte do cerrado, o que torna o controle do desmatamento mais desafiador nesse bioma.
FONTE: Jovem Pan.