O envelhecimento periorbital — a região ao redor dos olhos — é um dos primeiros sinais visíveis do envelhecimento facial, especialmente nas mulheres a partir dos 40 anos. Essa área delicada é composta por pele fina, músculos frágeis, tecido adiposo e estruturas ligamentares que, com o passar do tempo, sofrem alterações estruturais e funcionais que impactam diretamente na expressão facial e na autoestima.
A partir dos 40 anos, a produção de colágeno e elastina, proteínas fundamentais para a sustentação e elasticidade da pele, diminui de forma significativa. Como resultado, a região periorbital começa a apresentar rugas finas (como os famosos “pés de galinha”), flacidez, escurecimento (hiperpigmentação) e perda de volume, que pode acentuar olheiras e o aspecto de cansaço permanente.
Outro fator importante é a reabsorção óssea e a redistribuição da gordura facial, que contribuem para o aprofundamento do sulco lacrimal e o afundamento da área sob os olhos. Além disso, os ligamentos de suporte dessa região enfraquecem, acentuando bolsas palpebrais e sulcos marcados.
A exposição solar ao longo dos anos, o estresse oxidativo e hábitos como tabagismo, má alimentação e falta de sono potencializam ainda mais essas alterações. Do ponto de vista dermatológico e estético, o tratamento do envelhecimento periorbital deve ser abordado de forma multidisciplinar e preventiva.
Procedimentos minimamente invasivos como aplicação de toxina botulínica (para relaxamento das linhas de expressão), preenchimento com ácido hialurônico (para reposição de volume), bioestimuladores de colágeno e tecnologias como radiofrequência fracionada, ultrassom microfocado e lasers são estratégias eficazes na melhora da firmeza, textura e luminosidade da pele periorbital.
A associação com dermocosméticos tópicos antioxidantes, clareadores e hidratantes também contribui para a saúde da pele dessa região. No entanto, é essencial destacar a importância do acompanhamento com um especialista em dermatologia estética, que possa individualizar o tratamento de acordo com as necessidades e características de cada paciente.
Em resumo, o envelhecimento periorbital na mulher 40+ é um processo multifatorial, mas que pode ser prevenido e tratado com recursos modernos e abordagem integrada. Cuidar da região dos olhos não é apenas uma questão de estética, mas de bem-estar, identidade e qualidade de vida.
