A música está presente em nossas vidas o tempo todo, em casa escutando na TV, durante o trânsito na rádio ou apenas nos fones de ouvidos conectados no celular. E é perceptível a influência que elas geram no humor, quando se está feliz e escuta uma música positiva, com uma boa melodia a alegria cresce ainda mais, se está tendo um dia difícil e escuta uma música triste, facilmente algumas lágrimas irão rolar. 

Diante disso, existe a Musicoterapia, que utiliza de sons e instrumentos para ajudar em diversos aspectos do paciente: mental, físico e emocional. A ciência comprova que a música é um remédio sem efeitos colaterais, que alivia sintomas de ansiedade e depressão. 

Segundo a Kalinca Nunes, musicoterapeuta, a indicação pode ser desde o  desenvolvimento infantil à reabilitação na terceira idade. 

“Muito procurada também nos casos de transtornos diversos com comorbidades específicas- atraso de fala, motor, social, etc. No caso do TEA (transtorno do espectro autista), por exemplo, a musicoterapia é bastante requisitada, pois auxilia no desenvolvimento com bastante eficácia”, afirma a especialista. 

A terapeuta atende crianças, e nas sessões são utilizados diversos instrumentos musicais, que tenham diferentes timbres, cores e tamanhos.

“Os mais utilizados pelos meus são: pandeiro, teclado e ukulele. Mas vale salientar que muitas vezes não utilizamos a música tocada, nem ao menos a melodia. Apenas batuques e sons são suficientes para tornar a sessão produtiva” explica Kalinca. 

Um estudo feito pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) mostrou que pacientes de quimioterapia e radioterapia, que estavam fazendo musicoterapia, mostraram redução significativa de 78,8% para náuseas e 48,4% para dor. 

“É uma terapia comprovada cientificamente, podendo ser benéfica em diversas áreas como motora, social, cognitiva, reabilitação”, disse a musicoterapeuta.