O ator Daniel Radcliffe, popularmente conhecido por interpretar o inesquecível Harry Potter, disse que a posição da escritora J.K. Rowling – autora da saga do bruxo mais famoso do mundo – sobre os direitos das pessoas trans o “entristece”, e acrescentou, em uma entrevista, que não conversa com a autora de “Harry Potter” há anos. Isso “me entristece muito”, disse Radcliffe à publicação The Atlantic, que divulgou sua entrevista esta semana. “Porque olho para esta pessoa a quem conheci, o tempo que passamos, os livros que escreveu, o mundo que criou, e tudo isso é, para mim, tão profundamente empático”, disse. Rowling tem repetido publicamente que o sexo biológico é imutável, mas Radcliffe, que faz campanha pela comunidade LGBTQIA+, defende que as mulheres trans têm o direito de se identificar como mulheres.
A imprensa britânica repercutiu esta divisão pública, especialmente porque a franquia de Harry Potter faz muito sucesso entre crianças de todo o mundo. “Muita gente que lida com sentimentos oprimidos, com a rejeição de suas famílias, ou que vive com um segredo, encontrou consolo nesses livros e filmes”, disse Radcliffe. A imprensa britânica tentou caracterizá-lo, assim como seus colegas Emma Watson e Rupert Grint, que também atuam na série, como “pirralhos mal-criados”, disse o ator.
No mês passado, Rowling pareceu atacar novamente os atores, ao responder a um comentário nas redes sociais, sugerindo que ela perdoaria os atores caso pedissem desculpas. “As celebridades que aderiram a um movimento que pretende minar os direitos das mulheres, conquistados com tanto esforço, e que usam suas plataformas para aplaudir a transição (de gênero) de menores, podem guardar suas desculpas para as mulheres traumatizadas e vulneráveis que dependem de espaços unissex”, escreveu Rowling.
FONTE: Jovem Pan.