O câncer de cabeça e pescoço vem crescendo ainda mais nos últimos anos, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), e é o mais frequente entre os homens no Brasil. Com isso, a campanha Julho Verde traz informações para que a população fique alerta e se conscientize.
A doutora Carla Nakata, oncologista e professora, cita os principais fatores de risco associados à doença. São eles o tabagismo, consumo excessivo de álcool, infecção pelo HPV e histórico pessoal e familiar.
“Estudos mostram que o risco de câncer pode ser até 30 vezes maior em pessoas que combinam o uso de tabaco e álcool. Mesmo com o aumento dos casos associados ao HPV, a carga atribuída ao tabagismo ainda é predominante no Brasil”, explica a médica.
Há maneiras de identificar o quanto antes esse tipo de câncer, e se houver desconfiança, procurar o mais rápido o diagnóstico.
“O diagnóstico é feito por meio de exame clínico detalhado, seguido de biópsia da lesão suspeita e exames de imagem (como tomografia ou ressonância)” , diz Carla.
A especialista cita os sinais de alerta mais comuns:
- Feridas na boca, língua ou garganta que não cicatrizam em até 2 semanas
- Rouquidão persistente
- Dificuldade ou dor para engolir
- Caroços no pescoço
- Sangramentos na boca ou nariz
- Mau hálito persistente
- Perda de peso inexplicada
Quanto mais rápido descoberto, maiores as chances de cura. Existem diversos tipos de tratamentos, que dependem do local do tumor, estágio da doença e condições clínicas do paciente.
As principais modalidades terapêuticas são:
- Cirurgia
- Radioterapia
- Quimioterapia
- Terapia alvo (como cetuximabe em alguns casos)
- Imunoterapia (como o nivolumabe ou pembrolizumabe em casos avançados)
“Em estágios iniciais, o câncer pode ser tratado com cirurgia ou radioterapia isoladas, com altas taxas de cura. Casos avançados podem exigir tratamento multimodal (quimioterapia e radioterapia) “, afirma a oncologista.