O fim de uma relação pode ser uma experiência devastadora, que diversas vezes se prolonga por muito tempo. Mas como parar de sofrer por amor e se abrir para novas possibilidades de viver e amar?
Superar o sofrimento emocional de uma separação pode ser desafiador, mas é um processo possível e, principalmente, que vale a pena ser vivido.
Em seguida, vamos explorar não apenas o sofrimento causado pela separação, mas também como mudar nossa frequência emocional para sintonizar sentimentos positivos e restauradores.
Ao entender melhor esses processos, você poderá dar os primeiros passos rumo à transformação.
Como parar de sofrer por amor
Na verdade, não existe segredo, cada um faz da melhor forma que pode e que é capaz no momento. Talvez essa forma não seja boa ou rápida o bastante para as expectativas.
Mas isso não quer dizer que não esteja ajudando no processo de transformar esse sofrimento em algo mais saudável e positivo.
Uma situação ou acontecimento ruim no presente ou passado causa dor. Por exemplo, a perda ou a separação de alguém que amamos gera uma dor momentânea e pontual que, de tão forte, chega a ser realmente sentida fisicamente.
Entretanto, essa dor precisa ser localizada e tratada. Isso porque, quando não cuidada, ela segue voltando até ser percebida – e isso gera sofrimento.
A diferença entre os dois é que o sofrimento é mais persistente e contínuo. Ele vem sempre que relembramos o que aconteceu. Porém, por mais que o sofrimento pareça incontrolável e infinito, ele não é. Sim, temos o poder de modificá-lo.
Podemos parar de nutri-lo ao mudar nossa tendência de reviver momentos dolorosos, tentando pensar neles menos vezes ou durante menos tempo.
Por isso, o “segredo”, ou melhor, a maneira de como parar de sofrer por amor é não alimentar a dor e, consequentemente, o sofrimento.
Ok, mas como isso funciona na prática?
Deixar de nutrir o sofrimento é o primeiro passo para ser menos nocivas(os) conosco e descobrir como parar de sofrer por amor. Aprender a lidar com as as emoções negativas é um processo árduo, mas extremamente necessário para termos uma vida mais feliz e saudável.
Por isso, vale a pena se esforçar para superar os obstáculos e usar a experiência para crescer como pessoa. Para ajudar nesse processo, temos uma dica bem prática e fácil:
- Faça uma lista de momentos bons, leves, divertidos, especiais e, principalmente, não relacionados com o que faz você sofrer.
- Deixe essa lista à mão (ou na cabeça) para usá-la a qualquer momento.
- Reviva esses momentos na memória sempre que for preciso ou possível, especialmente quando percebe que os pensamentos, memórias ou sentimentos nocivos se apresentam.
Essa é uma estratégia que pode ajudar a causarmos menos danos a nós. Ao nos concentrarmos em reviver momentos positivos, estamos conectando e fortalecendo uma frequência mais positiva para nós.
Mas atenção para o verbo “conectar”. A ligação com a frequência não acontece em um passe de mágica! Parar de cair não é o mesmo que já saber lidar com os sentimentos que colocam você nesse lugar de sofrimento.
Relembrar momentos positivos é um início de mudança. Seja persistente, pois, com esforço e dedicação, podemos alcançar um futuro mais feliz e seguro.
Cuidado com o modo automático
A perda, separação ou não reciprocidade pode desencadear reações automáticas que mostra como estamos pensando. Por exemplo:
- Fui/estou sendo rejeitada, trocada, traída, esquecida, desconsiderada.
- Não sirvo mais, não sou suficiente.
Esses são padrões de pensamentos que fazem as reações reativarem as emoções já armazenadas. Aí vem o medo:
- Como serei sem essa relação, sem essa pessoa, sem esse status, situação?
Essa é a resistência do antigo tentando sobreviver.
É uma luta, afinal, a sobrevivência – mesmo que seja de uma forma ou ponto de vista – é um modo de ataque, defesa ou fuga. Nesse nível procuramos culpados, perigos e inimigos. Mas será que isso é realmente necessário?
O modo de vida automático nos faz aprender a sobreviver. É por isso que somos capazes de superar obstáculos. Mesmo quando tudo parece estar contra nós, continuamos em pé e lutando pelo que acreditamos.
Mas, mais do que superar com garra e força de vontade, se continuamos nos agarrando ao passado, ainda é sofrimento. No automático, seguimos lutando, dando e recebendo farpas e espinhos.
Porém, esse modo de sobrevivência nos torna autômatos, robôs sem vida e escolha própria. E ser humano é ter sentimentos, emoções e uma consciência.
Essa forma de viver nos afasta da felicidade plena. Precisamos aprender a desligar o modo automático para viver com mais consciência e qualidade de vida.
Perceber os pensamentos por trás da reação nos mostra qual é nosso limite e/ou por que estamos buscando aceitação.
Caso estejamos buscando aceitação, é possível questionar:
- Quem eu busco ser paracontrolar e mudar a situação? E por que?
Quando nos identificamos com a situação, ela tende a permanecer igual. Já quando reconhecemos que somos separados dela, podemos agir de forma mais construtiva.
Fora do sofrimento há vida! Uma vida mais leve, amorosa e segura. O que nos nutre e sustenta para florescer é o Amor, em especial o primeiro e mais importante: o amor-próprio. Esse, inclusive, ajuda muito também a paz interior.
Por fim, deixe ir. Escolha parar de sofrer por amor ou apego. Entregue o que foi para aprendizado e aprimoramento.
Abra mão de padrões antigos e renda-se ao novo! Uma nova situação e um novo eu que podem ser mais leves, amorosos e sem sofrimento.