A chegada da Geração Z ao mercado de trabalho tem gerado tensões nas empresas, que têm dificuldades em lidar com esses jovens profissionais. Segundo uma pesquisa da Intelligent.com, 6 em cada 10 empresas nos EUA demitiram recém-formados em poucos meses. Problemas relatados incluem falta de maturidade, dificuldade em lidar com feedbacks, pouca ética de trabalho e comunicação inadequada. Além disso, 30% das demissões ocorreram já nos primeiros 30 dias de contratação. Muitos recrutadores preferem contratar profissionais mais experientes, e 1 em cada 7 empresas pode evitar contratar pessoas da Geração Z no próximo ano.
Desconexão entre expectativas e práticas corporativas
Enquanto empresas mantêm estruturas rígidas e hierárquicas, a Geração Z valoriza trabalho híbrido ou remoto (preferido por 58%) e rejeita modelos totalmente presenciais. Eles buscam líderes inspiradores e reconhecimento, priorizando propósito e bem-estar. Isso gera um choque com modelos tradicionais de negócios, frustrando tanto os jovens quanto as lideranças, que esperam maior compromisso e prontidão. De acordo com uma pesquisa da WeWork, muitos profissionais desse grupo recusam promoções ou propostas que não atendam suas expectativas de flexibilidade.
Impacto e necessidade de adaptação
Com previsão de que essa geração represente 25% da força de trabalho global até 2025, demitir ou ignorar esses profissionais pode prejudicar o futuro das empresas. Além de escassez de talentos, há risco de perda de inovação e diversidade. Segundo Aline Riccio, diretora da Korn Ferry, o conflito é inevitável, já que os jovens vêm de um mundo digital e ágil, mas encontram empresas burocráticas e lentas.
Como atrair e integrar a Geração Z
Para lidar melhor com essa geração, especialistas sugerem algumas adaptações:
– Promover trabalho híbrido ou remoto.
– Fomentar uma cultura de feedback constante e positivo.
– Investir em desenvolvimento profissional e programas de mentoria.
– Valorizar diversidade e inclusão nas práticas de liderança.
– Oferecer propósito e reconhecimento para engajar os profissionais.
Mara Turolla, da LHH, afirma que não há uma fórmula pronta, mas a escuta ativa e flexibilidade são essenciais. Cada empresa precisa encontrar soluções adequadas à sua cultura para construir uma relação saudável e produtiva com essa nova geração, garantindo um ambiente de trabalho sustentável e colaborativo.