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Chanel eleva preços para disputar mercado com a Hermès

A clássica bolsa 2.55 ultrapassou os R$ 59 mil em 2024
Bolsas de luxo estão entre os itens que mais se valorizaram nos últimos anos

Chanel é Chanel. Desde que a fundadora Coco Chanel (1883 – 1971) lançou sua primeira criação, em 1929, seus artigos nunca saíram de moda. No ano passado, segundo uma pesquisa da Bain & Company, o mercado de luxo segue crescendo. Em 2023, o consumo chinês avançou 60%. E há grandes probabilidades de que marcas como Chanel e Hermés sigam mostrando esse desempenho.

O preço da bolsa “Classic Flap” ou 2.55 atingiu seu preço máximo, ultrapassando R$ 55 mil. Em 1955, ano na qual foi lançada, seu valor era de US$ 220. Em dinheiro de hoje, US$ 2.565 (R$ 13.055). Em 2024, o preço subiu para US$ 11.700 (R$ 59.600) dependendo do tamanho. A valorização traz o questionamento sobre utilizar itens de luxo como investimento.

Em um cenário com altos juros e inflação instável, os investidores estão preferindo apostar em produtos de luxo que possuem alta valorização. O site Havre de Luxe comparou os valores de 2023 e no mês de fevereiro o modelo 2.55 valia US$ 8.880 (R$ 45.200), em março do mesmo ano o preço atingiu US$ 10,200 (R$ 51.900), tendo um aumento de 14,8%. Isto mostra que a maison não tem o objetivo de ser uma marca de grife de entrada, mas sim atingir o patamar de alto luxo, como Hermès e Delvaux.

A icônica bolsa “Birkin” da grife francesa Hermès é uma das peças mais exclusivas e caras no mercado de bens de luxo. O investimento pode ultrapassar os US$ 14.000 (R$ 71.260) dependendo do tipo de couro. Além disso, há uma produção limitada dos itens. No passado, o preço entre uma “Classic Flap” e o modelo inspirado em Jane Birkin era distante, já que, de acordo com a pesquisa da Purse Shop, sobre os preços de bolsas de luxo, o modelo Chanel era US$ 4.000 (R$ 20.360) mais barato que o Birkin antes da pandemia. Atualmente, a diferença pode ser apenas de US$ 200 (R$ 1.018).

A resposta da marca de Coco para isso é que esses aumentos se devem à inflação e ao preço dos insumos. Entretanto, a teoria do mercado de luxo é de que a Chanel quer se equiparar com a Hermès em preço e em exclusividade, pois também está limitando sua produção e vendas para os clientes.

FONTE: Forbes

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