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Cérebro humano é o orgão com maior concentração de microplásticos

Material pode estar ligado à demência e foi encontrado em maior quantidade em tecidos cerebrais
Nos tecidos cerebrais de pessoas que morreram com demência foi encontrado 10 vezes mais plástico do que nas amostras saudáveis

Um estudo recente revelou que microplásticos estão presentes no cérebro humano, uma descoberta alarmante que destaca uma nova dimensão da crise ambiental global. Esses microplásticos, que surgem da fragmentação de materiais plásticos, já haviam sido detectados em órgãos como pulmões e fígado. A capacidade dessas partículas de atravessar a barreira hematoencefálica pode causar inflamações crônicas e potencialmente levar a doenças neurodegenerativas. Estudos, como o da Universidade de Hull, mostram que os microplásticos podem induzir reações inflamatórias que afetam a função cerebral, enquanto pesquisas anteriores indicam que eles também impactam o sistema respiratório.

A origem dos microplásticos é variada e inclui roupas sintéticas, cosméticos e embalagens. Eles são disseminados pelo vento e água, entrando na cadeia alimentar. Estima-se que uma pessoa ingira até 50 mil microplásticos por ano, principalmente através da alimentação e água potável. No Brasil, a situação é crítica, com grande geração de resíduos plásticos e baixa taxa de reciclagem.

A descoberta dos microplásticos no cérebro exige uma ação imediata. Especialistas recomendam fortalecer políticas de gestão de resíduos, reduzir a produção de plásticos, desenvolver materiais alternativos e aumentar a conscientização pública sobre o impacto dos microplásticos. A poluição plástica, portanto, representa uma ameaça significativa à saúde humana e ao meio ambiente, necessitando de uma abordagem integrada e a colaboração de governos, empresas e cidadãos.

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