A história se inaugura em um velório e logo dá indícios de que a humanidade não
está sozinha, a teoria conspiracionista traz vários eventos sobrenaturais e descreve uma
realidade na iminência da acontecimentos catastróficos. Contudo, mesmo chamando a
atenção para o fim de uma era humana, o livro milita em desfavor das grandes fortunas
acumuladas pelos líderes religiosos de caráter neopentecostais.
Sobre esse assunto, o livro transcende a fantasia e descreve a realidade dos fiéis
na sociedade brasileira. Uma forma de combate á exploração da fé feita no livro, é
desempenhada por uma personagem, ao apresentar na câmara dos deputados um
projeto de lei impedindo que igrejas atuem em caráter empresarial.
A história é uma divisora de opiniões e causa impacto devido aos fortes
posicionamentos encontrados em seu interior, com isso pretende causar debates e
reflexão à vida contemporânea, incluindo ponderações sobre o luto, o consumismo e
principalmente sobre Deus.
Mesmo não sendo um livro religioso, e sim um livro ficcional, a autora Inês Felski
almeja por uma discussão sobre o papel da vida humana e a vida após a morte, sempre
questionando se o modelo atual de aliar o dinheiro à ocorrência de milagres, seria o
melhor modelo para o culto na busca por Deus.
Segundo a autora, o direito de crença como direito fundamental, resguardado
pela Constituição Federal, não pode servir de teto para proteger a prática desregulada
de atividades comerciais e mercantilistas no meio religioso.
O livro em sua versão impressa e ebook está à venda na plataforma Amazon e
seu link pode ser facilmente encontrado na bio do perfil do Instagram da autora.
Da redação com assessoria.
Foto/Bruno Yashiki