Dois dias depois de sua emocionante despedida do Real Madrid, o italiano Carlo Ancelotti assume o comando da Seleção Brasileira nesta segunda-feira (26), enquanto os pentacampeões do mundo tentam recuperar a glória perdida. Ancelotti, de 65 anos e o primeiro estrangeiro em seis décadas a comandar o Brasil, chega para mudar a cara de uma equipe com pouco sucesso esportivo nos últimos anos e desconectada de seus torcedores. Ele será apresentado em um hotel na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, a partir das 15h, depois de ter chegado ao país no domingo.
O italiano assumirá uma seleção pela primeira vez, depois de conquistar um recorde de 15 títulos com o Real Madrid em seis temporadas e de se tornar o treinador que mais venceu a Liga dos Campeões (5). Sua chegada ocorre dois dias depois de se despedir, com lágrimas nos olhos, dos torcedores do clube merengue no Santiago Bernabéu, no último jogo do Campeonato Espanhol, vencido pelo Barcelona este ano. “Carletto” substituirá Dorival Júnior, que foi demitido após sofrer uma goleada de 4 a 1 contra a eterna rival Argentina em março, nas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026.
Convocação
Ancelotti fará sua estreia em junho contra Equador e Paraguai, duas partidas importantes em uma campanha em que o Brasil, embora na zona de classificação direta, está em quarto lugar, dez pontos atrás da líder e já classificada Argentina. Nesta segunda-feira (26), o treinador anunciará a lista de convocados, com o possível retorno de Neymar à Seleção após mais de um ano e meio. Em seu último jogo pelo Brasil, na derrota por 2 a 0 para o Uruguai em outubro de 2023, o astro do Santos sofreu uma grave lesão no joelho que o afastou por mais de um ano.
Apesar de sua forma inconsistente desde seu retorno à equipe que o formou este ano, Neymar está entre os considerados por Ancelotti, assim como outros dispensados nos últimos tempos, como Casemiro (Manchester United) e Richarlison (Tottenham), de acordo com a lista de convocados divulgada pela imprensa.