Três caminhões que transportavam 22 mil litros de defensivos agrícolas e 76 toneladas de ácido sulfúrico, um produto químico corrosivo, caíram no Rio Tocantins devido à queda da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira no domingo (22), de acordo com a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA).
A ponte de 533 metros, sobre o Rio Tocantins, que liga Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA), cedeu parcialmente, atingindo, ao todo, dez veículos, entre carros, caminhões e motocicletas. Uma pessoa morreu e 16 seguem desaparecidas.
Segundo a agência, por precaução, o Maranhão já orientou a suspensão da captação de água para abastecimento público nos municípios banhados pelo rio Tocantins que ficam abaixo do desabamento no curso do rio, na direção em que a água flui, até que se determine que a pluma (massa) de contaminantes tenha se diluído e não ofereça perigo ao consumo da água.
Para avaliar a qualidade de água do rio, a ANA, junto à Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais do Maranhão (Sema/MA), coleta amostras de água em cinco pontos desde a barragem da usina hidrelétrica de Estreito até o município de Imperatriz. A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb/SP), referência em análise de qualidade de água no Brasil, vai ajudar nas análises.
De acordo com a ANA, 19 municípios podem ter sido impactados. São eles: Aguiarnópolis, Carrasco Bonito, Cidelândia, Esperantina, Itaguatins, Maurilândia do Tocantins, Praia Norte, Sampaio, São Miguel do Tocantins, São Sebastião do Tocantins, Tocantinópolis, Campestre do Maranhão, Estreito, Governador Edison Lobão, Imperatriz, Porto Franco, Ribamar Fiquene, São Pedro da Água Branca e Vila Nova dos Martírios.