Imagine um futuro em que compartilhamos o mundo com robôs humanoides que andam e falam. Não é difícil — todos já vimos isso em filmes de ficção científica. Mas será que essa realidade está mais próxima do que esperávamos?
Um relatório publicado recentemente pelo Morgan Stanley sugere que, em menos de 10 anos, milhões de robôs estarão trabalhando ao nosso lado. E, até 2050, pode haver um bilhão deles entre nós.
Contudo, será que a sociedade está pronta para essa mudança radical? Como seria o mundo povoado por robôs? E quais questões éticas precisarão ser consideradas se vamos dar inteligência a máquinas que andam, falam e são criadas para nos servir?
Robôs em ascensão
Até 2035, poderá haver 13 milhões de robôs integrados à sociedade, e o custo anual de possuir um deles pode girar em torno de US$ 10 mil — o que, em termos de acessibilidade, os colocaria no mesmo patamar de um carro.
Segundo analistas, o preço pode representar um momento de virada, em que os robôs se tornarão viáveis comercialmente para um número massivo de empresas. Isso deve levar a uma explosão na demanda, com a população de robôs ativos podendo chegar a um bilhão nos próximos 15 anos.
É uma previsão ousada, sem dúvida, mas já existem exemplos concretos de robôs sendo colocados para trabalhar. Um modelo chamado Digit, criado pela Agility Robotics, já está em operação em fábricas nos EUA. Ele é capaz de realizar várias tarefas, como levantar e empilhar objetos que antes só podiam ser manipulados por humanos.
A BMW também completou um projeto piloto em que introduziu um robô humanoide chamado Figure 02 na linha de montagem de sua fábrica em Spartanburg, na Carolina do Sul. Ele consegue abrir portas, subir escadas e usar ferramentas humanas.
Há ainda planos para utilizá-los em uma fábrica da Foxconn em Houston, onde serão responsáveis pela montagem de servidores da Nvidia.
Esses robôs também podem ser usados para oferecer cuidados e companhia, como mostram vários produtos e projetos lançados na Coreia do Sul — país com uma indústria de robótica altamente desenvolvida.