Uma vistoria técnica no Monumento Natural do Morro de Santo Antônio, realizada pelo Centro de Apoio Técnico à Execução Ambiental do Ministério Público de Mato Grosso, confirmou processos erosivos sepulturas no local. O relatório técnico indicou que a via aberta no morro representa riscos à segurança dos visitantes e destacou a urgência de medidas emergenciais para evitar novos danos.

A inspeção ocorreu em 3 de janeiro, com a presença da promotora de Justiça Ana Luiza Avila Peterlini de Souza e do professor Auberto José Barros Siqueira (UFMT). Segundo o relatório do engenheiro florestal José Guilherme Roquette, a interdição da estrada pela Secretaria de Infraestrutura (Sinfra-MT) não tem impedido o acesso de pedestres, ciclistas e veículos, agravando os impactos no solo já exposto.

O estudo destacou que as chuvas intensas, associadas à falta de proteção do solo, aceleram a erosão, expondo até o substrato rochoso em alguns trechos. A estrada de 1.336 metros e a área afetada de quase 3 hectares foram consideradas vulneráveis.

A Sinfra apresentou um plano de controle baseado em decisão pluvial, mas o MP apresentou medidas insuficientes. As recomendações incluem o uso de biomantas, retentores de sedimentos e plantio de espécies nativas por hidrossemeadura.  A secretaria solicitou um prazo de 40 dias para a conclusão do projeto executivo.