Mato Grosso é um dos estados mais “bolsonaristas” do país e estamos assistindo a convergência de políticos que sempre se mantiveram ao centro e centro direita, falando diretamente para uma bolha a qual não pertenciam.

Neste período a busca é pelo sentimento do eleitor, seja ele razoável ou não, constitucional ou não. É preciso falar a “língua do povo”, depois se explica que nem tudo depende de quem foi eleito.

Nessa “vibe”, assistimos vozes equilibradas destoarem e as caricatas abusarem do direito de falar bobagem.

A única mulher com mandato na Assembleia Legislativa, a deputada Janaina Riva, em aceno aos radicais para dar um ar de direita ao partido que acaba de assumir como presidente estadual, (MDB), propõe discutir (outra vez) a prisão perpétua e a pena de morte no país, como forma de combater o feminicídio.

Começando pela cláusula pétrea, que não permite que pena de morte seja adotada no Brasil, e terminando no ponto em que parte dos “feminicidas” se suicidam logo após cometer o crime, o que anularia a força da lei, passando pelo que seria a 4ª tentativa de prevenir esse tipo de crime com aumento de pena, o que já ficou mais que claro não ser o caminho adequado.

Não se assustem, chegamos no momento em que, dependendo do número de pessoas aptas a votar, propostas como a suspenção de voos sobre a capital Cuiabá, em que o prefixo dos aviões se inicia em Papa Tango, (PT), porque seria militância de política, podem encontrar apoio nos discursos de candidatos.

Mas, tranquilize-se, se fosse intenção real, todos os temas pendentes que afetam costumes do povo brasileiro já teriam se transformado em leis pelo Congresso, há décadas.

Tem discurso que é para não passar disso, discurso. Caso contrário, “Queimar no fogo do inferno” já teria se transformado lei em alguma Câmara de Vereadores, para quem pronunciasse “Todes”.