O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quarta-feira (19), em sua sessão plenária, que não haverá afastamento dos ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin do julgamento relacionado à suposta tentativa de golpe de Estado em 2022. A maioria dos ministros se posicionou contra os pedidos feitos pelas defesas do ex-presidente Jair Bolsonaro, do general Braga Netto e do general Mario Fernandes, que solicitavam a suspeição ou o impedimento dos três magistrados. O julgamento, que teve início na quarta-feira e se estenderá até quinta-feira, contou com o voto do presidente do STF, Luís Roberto Barroso, que se manifestou contra o afastamento.
Outros ministros o acompanharam nessa decisão. Os magistrados estão analisando quatro recursos distintos que pedem o afastamento, enquanto Dino, Zanin e Moraes se declararam impedidos de participar das votações em que são alvos.
As defesas argumentam que Flávio Dino deveria ser afastado por ter apresentado uma queixa-crime contra Bolsonaro, em 2021, enquanto Zanin é contestado por sua atuação na campanha de Lula e Moraes é visto como uma das vítimas dos planos golpistas. Barroso, por sua vez, refutou os pedidos, afirmando que as alegações de suspeição não demonstram qualquer parcialidade.