Durante entrevista concedida ao Jornal da Manhã da Rádio Jovem Pan, nesta quarta-feira (17), o secretário de Estado de Saúde de Mato Grosso, Gilberto Figueiredo, destacou a importância histórica da inauguração do Hospital Central, em Cuiabá, e relembrou experiências pessoais que reforçam o peso do novo equipamento de saúde para a população mato-grossense.
Em sua fala, o secretário ressaltou que, no passado, muitos pacientes precisavam sair do Estado para buscar tratamento em outras regiões, inclusive para salvar a própria vida. Segundo ele, essa realidade começa a mudar com políticas públicas estruturadas ao longo dos últimos anos, especialmente a partir da gestão do governador Mauro Mendes, que possibilitaram a construção de um hospital de alto padrão para atendimento 100% pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Na entrevista, Gilberto ficou emocionado ao comentar sobre a inauguração do hospital, já que havia feito uma promessa de que, caso sobrevivesse a pandemia da Covid, faria de tudo para entregar a unidade. Em 2020, o secretário detectou a presença do coronavírus em um exame.
“Até porque, tenho que confessar, a missão era tão difícil que até eu tinha, em momentos de dúvida, se conseguiria. Quando eu pela primeira vez que eu toquei no assunto com o governador, nós já estávamos construindo o hospital central, e eu viabilizei uma consultoria do Einstein para me ajudar. Um hospital é algo muito complexo. Tudo que eu já fiz na vida, olha o que eu já fiz, centro de tecnologia, universidade, escola, creche. Nada se assemelha a construir um hospital do zero e colocar em funcionamento.”, afirmou Gilberto, ao explicar os desafios enfrentados para viabilizar o projeto.
Gilberto Figueiredo revelou que, diante da complexidade do empreendimento, buscou apoio técnico especializado e viabilizou uma consultoria do Hospital Israelita Albert Einstein, referência nacional e internacional em saúde. A consultoria avaliou o projeto, indicou correções e contribuiu para elevar o padrão da unidade. Segundo o secretário, tanto ele quanto o governador e a primeira-dama tiveram experiências pessoais com o Einstein, o que reforçou o desejo de trazer essa cultura de excelência para Mato Grosso.
“Então assim, eu imaginava como seria tão bom a gente trazer essa cultura do Einstein para o estado de Mato Grosso, que seria diferencial para todos. Porque quando você melhora o nível, a gente já percebe em iniciativas municipais que as obras estão subindo o padrão, que estão tomando como referência aquilo que está sendo feito pelo próprio governo do estado.”, destacou.
O Hospital Central do Estado de Mato Grosso, que será inaugurado oficialmente no dia 19 de dezembro, contará com 287 leitos, sendo 78 de UTI, 18 semi-intensivos, 180 de enfermaria e 11 de isolamento. A unidade terá ainda dez salas cirúrgicas, incluindo estrutura para cirurgias robóticas, além de duas salas de hemodinâmica para procedimentos minimamente invasivos, como cateterismo e angioplastia.
Todo o atendimento será realizado exclusivamente pelo SUS, de forma gratuita. “Após 34 anos de obra parada, essa unidade foi reprojetada e construída com o mesmo padrão dos melhores hospitais do país”, afirmou Gilberto, ressaltando que o hospital será gerido pelo Einstein.
Após a inauguração, o Hospital Central será aberto para visitas guiadas da população e de representantes de diversos setores. Em seguida, passará por um processo de desinfecção e, já em janeiro de 2026, iniciará as atividades. Os demais serviços serão implementados de forma gradual, em três etapas mensais até abril. A unidade será referência em média e alta complexidade, oferecendo especialidades como cirurgia geral, ortopedia, cardiologia, neurocirurgia, oncologia, cirurgia vascular e hemodinâmica. No futuro, também está prevista a realização de transplantes.

