A vereadora Dra Mara, apresentou na Câmara de Cuiabá uma proposta de proibição de crianças pedintes nas ruas. O objetivo da vereadora com a proibição é que os pais, desempregados e em grande parte venezuelanos, utilizem as crianças para esmolar.
Como não é possível proibir alguém de passar fome, a proposta simplista para um problema complexo, apesar da boa intenção da vereadora em proteger as crianças, não é aplicável.
“Caroneiro” de primeira linha, com dificuldade para discursos e projetos, Ranalli embarcou na ideia da vereadora e pediu para dirigir.
Assim como o vexame do policial corajoso que iria limpar a Câmara de Cuiabá da mínima sombra de possibilidade mínima, de ligação com facções e acabou por dizer que não disse o que tinha dito e culpou a imprensa.
Assim como achou bonita proposta apresentada em São Paulo e na falta de ideia melhor quer aprovar por aqui a Lei Anti-Oruam, que quer proibir o uso de recursos públicos na contratação de artistas que façam apologia ao crime organizado, tráfico de drogas, uso de entorpecentes e sexualização.
Antes de voltar a proposta da Dra. Mara, acrescentar que o vereador não verificou que esse tipo de artista faz show privado, sem recursos públicos e pelo menos nos quatro anos seguintes, em Cuiabá, o contratante seria o prefeito Abilio Brunini. Além disso a sexualização em shows é difícil de ser controlada, não precisa comparar com a Madonna, pode ser ao Gustavo Lima, é só “dar zoom nessa b*ta”.
Sobre os venezuelanos, Ranalli, que é presidente da Comissão da Criança e do Adolescente, disse que apoia a proposta da Dra. Mara e que “A gente vai até entrar em discussão que é fechamento de fronteira. Se os EUA, que é um país rico, não quer que vá vagabundo, delinquente e pobre por lá, por que a gente vai querer”?
Sem perder tempo com as competências de cada esfera política no que toca a “fechar fronteiras”, xenofobia é crime desde 1997 e brasileiros também estão sendo expulsos dos EUA.
O vereador foi cobrado e pediu “desculpas a quem interpretou minha fala errado”.
Ninguém “é”, todos “estamos”. Vida pública inclui crítica e todos podemos crescer em nosso trabalho.
E se não der certo? Aí é fechar o olho, esperar 2026, mostrar a língua e a pistola de novo.