O governador Mauro Mendes falou que o estado fez o que estava ao alcance no combate aos incêndios florestais e culpou a estiagem prolongada e a frouxidão das leis do país para o descontrole atingido no combate as queimadas neste ano.
Levou em consideração a extensão territorial do estado para não chegar a “todo maluco que resolve tacar fogo em tudo”.
“O estado fez tudo que podia. (…)A lei no Brasil é frouxa e contra lei frouxa meu amigo, não há quem possa, não há planejamento que dê. (…) Se saí um maluco ou um criminoso por aí, metendo fogo no estado, dificilmente nós vamos conseguir conter, em um estado tão grande igual a Mato Grosso”.
Nas palavras do governador, a propaganda oficial que ameaça com “o rigor da lei” quem promover queimadas em período proibido, porque, via satélite, o governo “saberá quem cometeu incêndios” vira fumaça.
Generalizar o endurecimento de leis pode fazer sentido com objetivo político, mas para que sirva de justificativa para incêndios teria que mostrar quantas pessoa foram submetidas às leis frouxas e quantos voltaram a cometer queimadas depois de punidas por essas leis frouxas. Por hora, confessadamente, o estado não consegue chegar em quem promove queimadas ilegais.
Em 2024 o governo de Mato Grosso anunciou 100 indiciamentos e 20 prisões.
Levando em conta somente o mês de setembro, durante período proibido, foram 18.100 focos de incêndio no estado, em todo o ano o número ultrapassa 40 mil.