Aos 100 dias de sua administração, Abilio, sem opositores, não consegue culpar a chuva pelos alagamentos e aponta o dedo até para o governador Mauro Mendes.
A precipitação pluviométrica de mais de 100mm, na tarde de 08 de abril, em um período menor que duas horas, trouxe caos a ruas e avenidas, estabelecimentos comerciais e públicos, com veículos submersos, principalmente na Avenida da Prainha, árvores e muros derrubados.
A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jardim Leblon foi inundada, com a necessidade de transferência de pacientes. Abilio esteve lá e declarou que a obra foi mal construída. Com mesmo comportamento de quando reclamou de uma estrutura metálica feita ao redor de uma caixa d’água no pronto socorro velho, que teria custado 500 mil reais, ao descobrir que não era obra do Nenéu e sim de Mauro Mendes, obras realizadas durante a intervenção na saúde, o problema deixou ser problema.
Mesmo com os córregos maiores (Barbado e 8 de Abril) transbordando, arrumou um tempinho para culpar os comerciantes, principalmente do centro velho da cidade, que estão em plano mais alto que a prainha, pelo alagamento, por conta da quantidade de sacolas de lixo que foram levadas pela enxurrada.
As calçadas do centro velho são estreitas, algumas com 50 cm de largura, o que impossibilita a construção de lixeiras elevadas, sendo a solução amontar as bolsas ao redor dos postes, esperando que a coleta, que deve ser feita todos os dias, resolva.
A chuva foi na tarde de um feriado, o comercio não funcionava, o lixo só foi levado pelas águas, por que a coleta, se existiu, foi feita antes do fechamento e, portanto, estava desde o dia anterior a espera do serviço, que continuará sendo pago pelos comerciantes, pois não foi incluída na revogação prometida pelo prefeito.
Como solução, Abilio disse que está contratando serviço de robôs para limpeza das bocas de lobo. Pode auxiliar bastante e evitar alagamentos com níveis menores de chuva. Pelo demonstrado no transbordamento de córregos abertos, será insuficiente em volumes de chuvas como os de ontem. O valor a ser gasto ainda não foi revelado.
Para drenagem da prainha tem pelo menos 3 projetos, da Arsec, Ministério Público e para instalação do BRT. A “chuva” de projetos pode estar atrapalhando.
Já os robôs que não irão solucionar, pois claramente não é um problema simples de obstrução, remete a outra ideia, tecnológica, inovadora, e que não resolvia o problema; os drones do Nenéu para sanitizar ruas de Cuiabá durante a pandemia.