O prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), anunciou nesta quarta-feira (22) a intenção de romper o contrato com a empresa CS Mobi, responsável pela gestão do estacionamento rotativo na capital. A administração municipal busca uma rescisão amigável, mas não descarta recorrer à Justiça caso o acordo não seja viável.

Segundo o prefeito, a CS Mobi recebeu pagamentos mensais de R$ 650 mil previstos em contrato. No entanto, ao longo de dois anos, apenas quatro parcelas foram quitadas, o que levou a empresa a contrair um empréstimo em 2024, utilizando a Prefeitura de Cuiabá como fiadora. Brunini destacou que essa operação, realizada no final da gestão anterior, não foi aprovada pelo Legislativo e gerou prejuízos significativos para a atual administração.

“O empréstimo feito no final do mandato passado causou um impacto significativo na atual gestão. Com uma administração séria do dinheiro público, é possível investir os mesmos R$ 600 mil que estavam previstos no contrato em projetos que realmente tragam benefícios para a cidade”, afirmou o prefeito.

Além das questões financeiras, Brunini destacou que os cuiabanos não se adaptaram ao modelo de estacionamento rotativo implementado pela CS Mobi. Ele também apontou que as obras propostas pela empresa não oferecem benefícios urbanísticos ou financeiros significativos, tornando o contrato inviável para o município.

Como parte do processo, o prefeito determinou que a Agência Municipal de Regulação de Serviços Públicos Delegados (Arsec) realize uma auditoria detalhada no contrato. A Procuradoria do Município também foi acionada para elaborar um parecer técnico que avalie a viabilidade e os desdobramentos jurídicos do rompimento.

Uma nova reunião está marcada para a próxima semana, quando serão definidos os detalhes finais para uma possível rescisão consensual.