O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, disse nesta quarta-feira (29) que o governo está estudando a possibilidade de fazer um direcionamento da taxa de juros no novo Plano Safra para torná-las mais atrativas para os produtores. Segundo o ministro, a medida tem como objetivo estimular a produção de alimentos e, consequentemente, torná-los mais baratos para o consumidor final.
“Vamos fazer o direcionamento da taxa de juros […]. Em virtude da Selic alta, vamos ver o que é importante. Arroz, feijão, hortifrutis serem mais estimulados”, disse.
Fávaro também citou que o ministério estuda ampliar Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) para financiar a agropecuária.
“Vamos começar a discutir para que tenhamos um Plano Safra mais eficiente que estimule mais os produtores, mas que não pese tanto no orçamento”, disse.
Uma das possibilidades estudadas pelo governo para baratear os preços dos alimentos é aumentar a produção de alimentos a partir do Plano Safra. O Ministério da Agricultura também quer modernizar a produção dos pequenos produtores como forma de estimular a produção agropecuária.
Outra estratégia que foi avaliada pelo governo para baratear os preços dos alimentos foi a redução das alíquotas de importação sobre alimentos que estejam mais caros no mercado doméstico do que no internacional.
Segundo Carlos Fávaro, a redução das alíquotas de importação é uma medida “pontual” que será implementada somente se houver necessidade. O ministro disse que a proposta, caso seja adotada, não deve afetar a produção interna.
“É uma medida pontual que eventualmente [pode ser tomada], se tiver necessidade, sem afetar a produção interna. Se tiver lá fora um pouco mais competitiva, pode ser estudada, com muito equilíbrio”, disse.
O governo já descartou a implementação de subsídios e mudança no prazo de validade dos alimentos como estratégia de redução de preços. Também não haverá “supermercados estatais” no mesmo formato das farmácias populares.