OPORTUNIDADES

Pesquisa do Sebrae/MT aponta que 61% dos pequenos negócios do estado são comandados por pardos e pretos

As vésperas da celebração do Dia da Consciência Negra no Brasil, comemorado dia 20 de novembro, uma pesquisa aponta a forte presença de afrodescendentes a frente dos negócios em Mato Grosso. Segundo revelam os dados, 61% dos pequenos negócios no Estado são comandados por negros e pardos. Deste total, 61% são homens e 39% são mulheres, sendo que 81% deste público possui ensino médio ou superior completos. Os dados são do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas em Mato Grosso (Sebrae/MT), que realizou a pesquisa ‘Afro Empreendedorismo’ nos 142 municípios do Estado, para mapear o perfil dos empreendedores mato-grossenses, e o resultado evidenciou a forte presença deste público a frente dos negócios.

Entre os pesquisados, 91% possuem Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), o que demonstra um alto nível de formalização das empresas. Ainda segundo o levantamento do Sebrae, 50% dos negócios têm mais de seis anos de atuação no mercado, o que qualifica como empresa consolidada e 97% são Micro e Pequenas Empresas (MPE), onde o MEI lidera com 42%.

Dentre os entrevistados, 48% passaram a empreender pela oportunidade de mercado, 29% foram motivados pela paixão no negócio, 19% por necessidade de renda e 5% porque não conseguia arrumar emprego. A média de idade entre os empreendedores é 44 anos.

“O resultado demonstrou que Mato Grosso é um Estado de oportunidades. O Sebrae tem atuado para qualificar os empreendedores visando ampliar a competitividade e renda”, destaca a analista Técnica do Sebrae/MT, Sara de Paula.

Atividades

Os setores de comércio e serviços são as áreas em que este público mais atua, contabilizando 80%, sendo 43% no comércio e 37% em serviços. Outros 3% estão no setor industrial.

Os afros empreendedores de Mato Grosso têm uma atuação variada, com destaque para os setores de vendas (15%) e automotivo (13%). O ramo de construção também se destaca, com uma divisão entre comércio, construção civil e indústria, que juntos somam 14%.

 

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