A disputa eleitoral de 2026 já movimenta a política em Cuiabá. Pelo menos oito dos 27 vereadores da capital se articulam para concorrer a cargos de deputado estadual e federal, utilizando o primeiro ano de mandato como base para ampliar suas projeções eleitorais.
A vereadora e primeira-dama da cidade, Samantha Iris (PL), a mais votada no pleito de 2024, já assumiu o mandato mirando uma vaga na Assembleia Legislativa. Ela terá apoio do marido, o prefeito Abilio Brunini (PL), que admite a estratégia de fortalecê-la politicamente.
Também devem disputar vagas na Assembleia as vereadoras Michelly Alencar, que deve deixar o União Brasil e se filiar ao Novo após desentendimentos internos, e Maysa Leão (Republicanos), segunda mais votada na capital e em destaque pela postura independente no legislativo.
Os vereadores Alex Rodrigues (PV) e Wilson Kero Kero (Democrata) também devem buscar cadeiras na Assembleia. Alex pode migrar para outra sigla por divergências internas, enquanto Kero Kero será o principal nome da legenda, rebatizada de PMB para Democrata.
Para a Câmara Federal, os vereadores Rafael Rannali (PL), Kássio Coelho (PP) e Dídimo Vovô (PSB) articulam candidaturas. Coelho, que disputou o Senado em 2022, e Ranalli, que já tentou vaga em 2018 e 2022, reforçam suas bases eleitorais. Dídimo admite interesse, mas aguarda definições internas do PSB após a chegada do ex-governador Pedro Taques à presidência estadual da sigla.
Outros nomes também são cotados pelos próprios partidos. A vereadora Baixinha Giraldelli (Solidariedade) recebeu convite da Federação PRD/Solidariedade, mas afirma que ainda é cedo para definir uma candidatura. Já Eduardo Magalhães (Republicanos) aguarda alinhamento interno da sigla, que pretende montar chapas competitivas para acompanhar a pré-candidatura do vice-governador Otaviano Pivetta ao governo.

