TEM TEMPO, MAS...

Mudar, não significa mudar para melhor

Há pouco mais de um mês os trabalhos legislativos de 2025 foram iniciados na Câmara de Cuiabá. O que se viu até agora é de desanimar.

A renovação foi superior a 50%, isso já aconteceu outras vezes. Mas desta vez a vitória histórica de 8 mulheres ao parlamento cuiabano e com a Mesa Diretora onde também uma mulher foi eleita presidente. Mulher na presidência da Mesa não é a primeira vez, Chica Nunes já comandou a casa e responde em processos de corrupção até hoje.

Em resumo, o que se viu até aqui foram novatos preocupados com as redes sociais e em agradar suas bolhas, com uma ou outra exceção.

Cumprindo estratégia traçada pelo Palácio Alencastro, abertura de várias CPI’s investigando a administração anterior. Incluindo aí, projetos aprovados com a presença dos vereadores reeleitos e com contrato na mesa do prefeito, da Procuradoria Geral do Munícipio e disponível para quem mais quiser encher o Nenéu de culpa e pedrada.

Para as bolhas, foi vendida a necessidade de pelo menos 5 CPI’s, que podiam muito bem ser objeto de auditoria da nova administração, com o mesmo encaminhamento final às autoridades competentes, que irão fazer os vereadores.

A realidade é outra. Existe limite de 5 CPI’s simultâneas e para propositura de uma, são necessários apenas um terço dos vereadores. Ou seja, a oposição vai ter que esperar o término de uma para iniciar outra contra a administração de Abilio, por exemplo.

Está garantido um ano de tranquilidade neste quesito e a continuidade da alienação entre poderes.

Por ocasião do dia das mulheres, neste sábado, no parlamento com maior número de mulheres vereadoras eleitas em uma legislatura, a discussão sobre apoio ou não a Lei do Aborto que tramita no Congresso Nacional, foi a prova que vamos de mal a pior.

Qual a importância da opinião das vereadoras e vereadores cuiabanos, para a tramitação, aprovação ou reprovação da matéria onde votam somente deputados federais e senadores?

Uma perda de tempo, desperdício de dinheiro público gasto com quem deveria estar imbuído de resolver os problemas cuiabanos.

Mas, com tanto tempo vago dos vereadores é compreensível.

Afinal, quem está fiscalizando o executivo é o próprio prefeito. E solução não é necessária.

Ao que parece o trabalho, que paga 57 mil reais, extra, para cada vereador por desempenho, está uma “molezinha”. Basta curtir ou não os post’s de fiscalização que o prefeito faz sobre ele mesmo. Afinal, solução é coisa de bateria antiga, não é?

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