Antônio Galvan, representante do agro mato-grossense, na última eleição nacional tentou uma vaga de senador pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) surpreendendo com uma votação de 337 mil votos, muito distante do ganhador da vaga, Wellington Fagundes com 825 mil votos, mas muito além do esperado para alguém desconhecido e candidato pela primeira vez.
Animado, busca em 2026, nova candidatura.
Galvan encontra um cenário diferente que aquele de 2022, mas mira o mesmo eleitorado.
Ex-presidente da Aprosoja /MT e Aprosoja/Brasil, acusado de articulador dos atos de 7 de setembro de 2022, que levaram a paralização de rodovias no país e posteriormente, financiador dos atos democráticos de 8 de janeiro de 2023, sabe que a fila do “Fora Lula”, está congestionada e se coloca como “purificador do parlamento”.
Além de condenar o “orçamento secreto”, vem na linha anti “toma lá dá cá”, que é a negociação de votação por liberação de emendas parlamentares, sendo favorável a liberação de recursos diretamente do executivo aos municípios, ou seja, é favorável ao fim das emendas parlamentares, vocalizando suspeitas populares de recebimento percentual do dinheiro destinado a obras em municípios.
“Emendas parlamentares. Desde criança a gente ouve falar de pedágio, no meio dessa história, do deputado, do senador, levar dinheiro, ter retorno para fazer campanha. Vamos dizer que são todos, não”, disse.
Galvan tem razão, é fato a desconfiança do povo com esse “retorno”, vide a evolução patrimonial de parlamentares, que se tornam empresários de sucesso, sem nunca ter um boteco sob sua gestão, antes da diplomação como parlamentar.
Mas, é o mesmo povo que não acredita mais em “Caçador de Marajá”, nos que malham a “familiocracia”, os contra as Verbas Indenizatórias”, contra aumento de impostos para os pobres, sabendo que até os contrários aos radares “caça níqueis” farão igual aos antecessores, sem o mínimo rubor, após serem eleitos.
É verdade, a gente ouve falar muita coisa, a gente não vê fazer.
Não que isso impeça a eleição de alguém. O eleitor, além de não ter claro o papel de cada um nos vários cargos eletivos, quando encontra um “novo amor”, não se importa com velhas lorotas, imagina uma nova.

