CANDIDATURA

Isso, se isso fosse isso mesmo

O senador Jayme Campos, de período em período levanta a bandeira de candidato ao governo do estado no próximo ano, reclama da falta de reconhecimento do seu direito em disputar e fala em deixar o União Brasil, seu partido.

Recentemente, renovou sua disposição em ser governador novamente, reclamou do processo de escolha interna do partido e disse que o compromisso com a candidatura de Otaviano Pivetta é assunto particular de Mauro Mendes e não do grupo.

Jayme Campos tem razão, a escolha de um candidato não pode ser feita apenas pelo presidente do partido.

Isso, se isso fosse isso mesmo. Não é.

Note o mesmo enredo e argumentos quando da escolha entre Fábio Garcia e Eduardo Botelho.

Com toda a experiência de muitas eleições, Jayme recusa o papel de coadjuvante no partido. Sua candidatura é ponto de negociação. Não é real. Ela serve para o lugar na mesa que a família Campos irá utilizar na formação de um novo governo, caso o projeto Pivetta vingue.

O que Mauro e Pivetta não querem? Um racha no partido. A criação de dois grupos, como já citado na disputa a prefeitura de Cuiabá.

O que Jayme quer? Bem mais que uma secretaria de pouca relevância, como a de Desenvolvimento Econômico, que foi só o que conseguiu no primeiro escalão de Mauro Mendes durante dois mandatos.

O vozerio vai aumentar. Pivetta que instale mais um “pivot” de irrigação na lavoura de sua candidatura. Campos sedentos não produzem.

Compartilhe:

Destaques