O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, expressou críticas às recentes decisões econômicas do governo federal, especialmente em relação à proposta de impedir os estados de zerarem o ICMS sobre alimentos da cesta básica. Mendes argumentou que essa medida não é uma solução eficaz para os problemas econômicos enfrentados pelo país. Ele destacou que, em Mato Grosso, muitos produtos já não possuem alíquota, e classificou as ações do governo Lula como equivocadas. Segundo o governador, a inflação no Brasil é consequência de uma política fiscal ineficaz, juros altos e a desvalorização do real, que ocorre devido à desconfiança na capacidade do governo de honrar compromissos e manter a estabilidade monetária. Mendes enfatizou que o governo federal deveria focar em medidas estruturais, em vez de adotar ações eleitoreiras ou transferir responsabilidades.
Em meio a essas críticas, o governador participou do leilão do programa de concessões rodoviárias na Bolsa de Valores de São Paulo. O objetivo do leilão é melhorar a infraestrutura e a malha rodoviária do estado, com um investimento previsto de quase 5 bilhões de reais. O contrato de concessão tem duração de 30 anos e abrange mais de 1.300 km de rodovias. Mendes destacou a importância desses investimentos para o agronegócio, setor em que Mato Grosso se destaca como um dos principais produtores do país. Ele ressaltou que rodovias eficientes são essenciais para manter a competitividade do agronegócio e melhorar a qualidade de vida da população, já que as estradas são utilizadas diariamente por ambulâncias e moradores.
Durante o leilão, dois trechos não receberam propostas, o que, segundo Mendes, já era esperado devido a equívocos técnicos na modelagem dos projetos. Ele afirmou que ajustes serão feitos nos próximos 30 dias para solucionar essas questões. As empresas vencedoras do leilão foram aquelas que apresentaram o menor valor de tarifa de pedágio, garantindo assim a viabilidade econômica das concessões. Mendes reforçou a importância de corrigir os erros técnicos para assegurar o sucesso do programa de concessões e, consequentemente, o desenvolvimento do estado.