A defesa de Adriano Aparecido Fabrício entrou com um habeas corpus no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT) pedindo a revogação da sua prisão preventiva.
Adriano foi preso no último sábado (5), em Sorriso, acusado de intimidar a juíza Emanuelle Navarro, da 43ª Zona Eleitoral de Mato Grosso, no trânsito.
O caso aconteceu na sexta-feira (4) e foi filmado por uma câmera de segurança. As imagens mostram a magistrada tirando as bandeiras eleitorais ilegais que haviam sido colocadas pelo acusado em diversas rotatórias da cidade.
A juíza entra em seu carro e, ao tentar sair, é fechada pelo acusado, que dirigia uma caminhonete Dodge Ram. Adriano desce, se dirige ao veículo da juíza e abre a porta do carro dela, momento em que teria afrontado e intimidado Emanuelle.
No habeas corpus, a defesa do empresário alegou que ele não conhecia a magistrada, que a atitude dele seria justificável caso a vítima fosse pessoa não pública, mas porque a fundamentação da prisão preventiva “caracteriza como especialmente gravosa por ter sido praticada em desfavor de uma autoridade ligada a Justiça Eleitoral e ao processo democrático”.
“Ora, malgrado possa surpreender a alguns, é preciso constatar que JUÍZES NÃO SÃO CELEBRIDADADES, de modo que não é de esperar que sejam amplamente conhecidos pelo público, principalmente por pessoas que não desenvolvem atividades forenses. Ainda que assim não fosse, é provado nas imagens que a suposta ofendida portava óculos escuro e não trajava paramenta típica da magistratura ou mesmo uniforme da Justiça Eleitoral, sequer um crachá de identificação. Apesar de óbvio é preciso dizer: A SUPOSTA VÍTIMA NÃO TRAJAVA BECA”, diz trecho do habeas corpus.