Durante a sessão desta quarta-feira (26) na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), o deputado estadual Valdir Barranco (PT) acusou o presidente da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (EMPAER), Suelme Fernandes, de perseguir e retaliar servidores da instituição. O parlamentar exigiu ações imediatas contra o que classificou como uma gestão autoritária e omissa diante de casos de violência.
“É um absurdo que um gestor utilize seu cargo para intimidar e atacar trabalhadores e trabalhadoras que dedicam suas vidas ao fortalecimento da agricultura familiar em nosso estado! Isso não pode continuar. Estamos falando de vidas, de famílias que dependem desse trabalho! Chega de perseguição e silenciamento”, disparou Barranco, exigindo providências rápidas e eficazes.
A denúncia de Barranco ocorre em um momento de tensão dentro da EMPAER. Em janeiro deste ano, o deputado já havia encaminhado um requerimento ao Secretário de Estado de Planejamento e Gestão (SEPLAG-MT), Basílio Bezerra Guimarães dos Santos, com cópias para a Secretária de Estado de Agricultura Familiar (SEAF), Andreia Carolina Domingues Fujioka, e para o então Diretor-Presidente da EMPAER, Suelme Evangelista Fernandes. O documento solicitava informações detalhadas sobre uma agressão cometida pelo servidor Rodrigo de Oliveira Alvarenga contra uma funcionária da SEAF, dentro das dependências da própria Secretaria.
“A gestão da EMPAER lavou as mãos diante de um caso de violência dentro do próprio ambiente de trabalho. Como é possível tolerar isso? Onde estão as punições? Onde está o compromisso com os direitos das mulheres? A violência contra a mulher é uma chaga social que precisa ser combatida com todo o rigor! É revoltante ver a proteção ao agressor em detrimento da vítima!”, questionou Barranco, cobrando resposta imediata das autoridades.
A omissão da presidência da EMPAER também foi denunciada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Pública de Mato Grosso (SINTERP-MT), que exigiu investigação rápida e punição exemplar dos responsáveis. Segundo o sindicato, a gestão da EMPAER não só ignorou a gravidade do caso, como premiou o agressor com um novo cargo.
Barranco destacou ainda que essa não é a primeira vez que os servidores da EMPAER enfrentam ataques da administração estadual. Em 2021, 61 funcionários tiveram seus contratos anulados pelo governo, decisão que só foi revertida pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) em 2022. “A EMPAER é um patrimônio dos trabalhadores da agricultura familiar, não um feudo onde poderosos fazem o que bem entendem!”, criticou duramente o deputado.
Diante da gravidade dos fatos, Barranco protocolou novo pedido de investigação e cobrou posicionamento imediato da SEPLAG, da SEAF e da própria Assembleia Legislativa. “O povo de Mato Grosso não aceita mais conivência com violência e perseguições! Exigimos transparência, punição e respeito aos servidores da EMPAER!”, finalizou o parlamentar.