A candidatura de Wellington Fagundes ao governo do estado não subiu no telhado, mas foi empurrada na ladeira.
A reunião entre o presidente do Partido liberal (PL) de Mato Grosso Ananias Filho e o presidente nacional do partido, Valdemar da Costa Neto foi para anunciar que não há nada a ser anunciado.
O problema é justamente esse.
Equivale a alguém se reunir com médicos e anunciar que outro alguém, que não está doente, realmente não está doente, mas que alguém muito influente, sugeriu um tratamento específico.
Bolsonaro tem preferência por Otaviano, mas quem toma decisão é Valdemar, que aconselhou Welington continuar sua campanha como se nada tivesse acontecido.
Entre as muitas leituras feitas para a decisão não tomada, apoio para Otaviano em lugar de Wellington, pode muito bem ter objetivo de salvar uma outra candidatura, que se vê claramente que está definhando e não vai resistir a caminhada, a de José Medeiros ao senado, que sem serviço prestado ao estado de Mato Grosso, ou qualquer outro serviço de não seja lustrar as bolas para um eventual jogo de boliche de Jair Bolsonaro, não consegue ouvir “tubaína” sem pensar em Janaína, dona segunda vaga ao senado, depois de Mauro Mendes, segundo todas as pesquisas.
Janaína Riva é nora de Wellington Fagundes e um eventual recuo nos planos de ser senadora pode deixar a pista livre para pardal pousar de carcará.
Ela disse que não recua e vai concorrer ao senado, já Wellington, não disse um “ó” (sem acento) sobre a reunião de Ananias e Valdemar.
O tabuleiro ainda está com muita gente que não estará no jogo, sem falar nas posições almejadas. Tem muito candidato a rei e rainha que jogará como peão.
Não dá para não comparar. A fala de Ananias, que Welington tem de continuar sua candidatura com “tesão”, depois do anúncio que Jair Bolsonaro quer Pivetta e não Fagundes, equivale a batidas desesperadas com gritos de “fogo”, na porta de quem estava em pleno ato.